29 de out. de 2015

MUTIRÃO AGROFLORESTAL NO ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA OLGA BENÁRIO, TREMEMBÉ / SP

Sábado 31/10/2015 das 8-15h
Lote de Valdir e Carmem
Equipe de instalação do SAF em 2013.

A atividade comemora o retorno após a instalação do primeiro SAF em 12/11/2013.
http://redeagroflorestalvaledoparaiba.blogspot.com.br/2013/11/mutirao-agroflorestal-no-assentamento.html

Objetivo: Promover a troca de experiências para o manejo agroflorestal participativo, preparando agricultor@s familiares e técnicos de instituições de assistência técnica, pesquisa e extensão rural para a produção agroflorestal a partir da experimentação local. 
Local: Assentamento Olga Benário, lote do Valdirzão e Carmem. 
Data do evento: 31/10/2015 
Parcerias: Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, Sítio Terra de Santa Cruz, Agroquintais, Polo APTA Vale do Paraíba e Ibs - Instituto Biossistêmico.
Resumo da implantação da área-piloto de SAF no lote de Valdir/Carmem: http://redeagroflorestalvaledoparaiba.blogspot.com.br/2013/11/mutirao-agroflorestal-no-assentamento.html
Mutirão com 42 participantes, plantio de 3.000 m² de área com linhas de bananeiras Conquista e IAC 2001/prata (4x3m), alternadas com linhas de condessa (8x4m) ou linhas de espécies frutíferas nativas e exóticas (8x4m). Na linha da banana plantou-se diversidade de espécies arbóreas (frutíferas ou não), mamona, milho, araruta ou açafrão. Nas linhas da condessa/frutíferas intercalou-se diversidade de espécies florestais nativas e exóticas e outras frutíferas a cada 1m; entre estas, plantou-se inhame (taro), milho Sol da Manhã, mamona Preta, guandu Mandarim e tefrósia. De cada lado das fileiras de condessa/frutíferas plantou-se mandioca (IAC6-01/mesa ou IAC90/farinha) e feijão de porco. Em uma das linhas de mandioca plantou-se a cada 4-5m uma cana caiana. Na banana plantou-se soja orgânica, bertalha e uma estaca de margaridão. Na cerca plantou-se ora-pro-nóbis - cactácea PANC espinhenta resistente ao fogo.

Como chegar: fazer contato com o Valdirzão pelo telefone (12) 99799-9629. O sítio fica na Estrada do Kanegae e o ponto de referência da entrada do assentamento é o bar do João Faria. Quem vai de Pindamonhangaba, o acesso é pela estrada do Kanegae, que liga Pinda. a Tremembé, após o Bairro Bonsucesso, vira à esquerda na estrada de terra logo após a quadra de esportes. Pela Estrada Velha, passa a ponte do rio Paraíba após o centro de Tremembé em direção a Rodovia Floriano Rodrigues Peixoto. Logo após a ponte tem uma saída à direita, passa ela entra na seguinte (2ª) à direita, anda uns 3km em estrada de chão e pega a bifurcação à esquerda, depois da máquina de arroz. Anda uns 100m, passa por cima de bica d’água e entra à esquerda. Anda mais 1km. O primeiro lote é do Valdirzão. Quem vem pela Dutra de SP ou RJ, entra na Rodovia Floriano Rodrigues Peixoto e anda uns 15km no sentido Campos do Jordão. Segue toda a vida até o trevo de acesso a Tremembé, entra à direita na rotatória e anda uns 3km.

16 de out. de 2015

RELATO DE CASO MUTIRÃO AGROFLORESTAL NO ASSENTAMENTO NOVA ESPERANÇA I

Sítio da família de MARIA DO BELÉM DE JESUS (MARA MORENA)
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
Data: 11/9/2015 – Lote 14
Horário: 8-17h


Resumo da vivência: a família de Maria do Belém de Jesus produz agricultura de subsistência em seu lote de reforma agrária, com muitas dificuldades, pois não há irrigação, as terras estão degradadas infestadas com capins desde a implantação do assentamento de reforma agrária, há mais de 12 anos.  
O mutirão agroflorestal representou o primeiro passo para a mudança no modo de produção baseado na capina total do terreno resultando em forte erosão do solo. Agora, o que se quer, é produzir massa vegetal para cobrir o solo no SAF e assim recuperá-lo, para que espécies de ciclo médio e longo se desenvolvam e produzam melhores colheitas.

Apresentações e planejamento participativo

Resumo do mutirão
Estudo da paisagem: terreno de mares de morros de topos arredondados findando nas várzeas do rio Paraíba, a declividade varia de suave a forte ondulada, substrato arenoso na superfície e argiloso em profundidade cria gradiente que favorece a erosão do solo. Observamos a vegetação espontânea de braquiária e capim sapé, este último indicador de solos muito ácidos. Avistamos outras microbacias com o mesmo problema e distante, alguns dos lotes em conversão agroflorestal exibem uma fitofisionomia arbustiva, estancando os problemas da invasão de capins através do pré-cultivo do guandu (Cajanus cajan).
Sensibilização sobre SAF e indução à troca de experiências
Metodologia participativa: após a apresentação coletiva e o estudo da paisagem para o entendimento sobre o papel dos SAF na restauração ecológica do ambiente com ênfase ao papel hidrológico destes na bacia do Paraíba do Sul, realizou-se amplo diálogo sobre o desenho do SAF e o planejamento para a implantação. O método ‘aprender fazendo’ preconizado pela APTA/SAA – Polo Vale do Paraíba é rápido e fácil entendimento, consiste na indução à reflexão para a implantação de um SAF com os recursos genéticos disponíveis. Com o apoio do facilitador foram feitos os questionamentos para despertar o saber local e promover a troca de experiências visando o empoderamento dos atores locais para a resolução dos problemas a partir da implantação e manejo do SAF.
 Realização do Plantio das mudas e das sementes de adubação verde
Preparo do solo: a área de 1000 m2 escolhida para o plantio do SAF foi preparada com aração e gradagem; foram abertos berços para o plantio de bananas em linhas intercaladas (quincôncio) cortando as águas. Nas entrelinhas plantaram-se mudas de espécies arbóreas diversas, alternaram-se frutíferas com árvores pioneiras e secundárias. Nas linhas laterais, plantou-se a mandioca (aipim). Alternaram-se mudas de cana a cada 3 a 4m com dupla função (produção de massa para cobertura do solo e a cana para o consumo humano). A adubação verde (milho, sorgo, feijão de porco, guandu, crotalária e mamona preta) entrou em todas as linhas de banana e entrelinhas junto com as mudas de árvores, para rápida cobertura da área e produção de massa vegetal.
Foram plantadas aproximadamente 200 mudas nativas (frutíferas, adubação verde e madeira), algumas oriundas de produção própria da beneficiária, outras trazidas por outros participantes do mutirão do assentamento e da APTA Vale do Paraíba, produzidas a partir do resgate de sementes coletadas pelos próprios agricultores, além de 40 mudas de variedades elite de banana micropropagadas. A adubação da bananeira consistiu de termofosfato Yoorin e torta de mamona, fornecidos pelo IBS/INCRA.
Avaliação: com a produção própria de mudas e a doação para a Sra Maria do Belém, mais uma vez grupo de agricultor@s do assentamento Nova Esperança demonstrou amadurecimento, uma vez que está cada vez mais autônomo sem a necessidade de ajuda externa para a realização das atividado
Grupo de visitantes: Cursos Técnico de Meio ambiente com cerca de 10 jovens e educadores de São José dos Campos
Alimentação: disponibilizada pelos beneficiários do lote a partir de produtos locais, sendo o café da manhã colaborativo onde cada um trouxe algo para compor a mesa. 

Algumas espécies plantadas (nome popular): Graviola, Carambola, Jaca, Acerola, Pinha, Romã, Pitanga, Grumixama, Cabeludinha, Jabuticaba, Araçá amarelo, Araçá Vermelho, Ingá macaco, Ingá mirim, Angico, Sabão-de-soldado, Pau-viola, Pau-formiga, Pau-jacaré, Paineira, Jacarandá, Mogno, Ipê rosa, Ipê amarelo, Ipê verde, Pau-ferro, Jatobá (entre outras).
Banana Prata (variedade BRS Platina).
Relator: Ceceo Chaves – IBS
Apoio técnico: Elton Santos - Fundação ITESP
Facilitador e revisor: pesquisador da APTA do Vale do Paraíba Eng Agrônomo Antonio Devide.
Realização: agricultor@s familiares vinculados à Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, do Assentamento Nova Esperança I, de São José dos Campos.



1 de out. de 2015

V FEIRA DE TROCA DE SEMENTES CRIOULAS E MUDAS DE CUNHA E REGIÃO DO VALE DO PARAÍBA E LITORAL

DIA : 11/10/2015
O Coletivo da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba participará da V Feira de Troca de Sementes Crioulas e Mudas de Cunha e Região.


Além da troca de sementes crioulas e mudas, haverá exposição em praça pública sobre as PANC - Plantas Alimentícias Não Convencionais, oriundas do resgate e de pesquisas realizadas na APTA - Agência Paulista dos Agronegócios/Polo Vale do Paraíba e Fazenda Coruputuba (Pindamonhangaba); Orgânicos Quiririm (Tremembé), dos assentamentos de reforma agrária Nova Esperança I (São José dos Campos) e Olga Benário (Tremembé), bem como de outras localidades do baixo Vale do Paraíba.
A participação popular é importante para incentivar e reforçar o resgate de sementes crioulas bem como fortalecer a frente agroecológica de combate aos transgênicos e às monoculturas.

Programação:
Local: município de Cunha/SP - cinema e praça pública
9h - inscrições e café da manhã
10-13:30h - apresentações e debates (cinema)
13:30-14:00h - almoço agroecológico oferecido por famílias de camponeses de Cunha
14-17:30h - Feira de troca de sementes crioulas (praça pública) com diversas atrações.