11 de dez. de 2015

Mutirão Agroflorestal em Pindamonhangaba

Data: 12/12/2015 (sábado)
Local: Sítio Araçatuba
Sistema agroflorestal hortícola do sítio Araçatuba (Thiago Coutinho).
LOCAL: ESTRADA ANHANGUERA, Nº1800

COMO CHEGAR: PEGAR A RODOVIA CAIO GOMES FIGUEIREDO (SENTIDO CAMPOS DO JORDÃO), entrar na altura da Pedreira Anhanguera, KM 11.

O sítio fica a exatos 1800m do asfalto.

 Programação:

8h-Café da manhã colaborativo
8:30h - Recepção e histórico da área
9:00h - Análise do sistema e distribuição de frentes de trabalho
12:00h - Almoço agroecológico
13:00h - Avaliação
14:00h – Encaminhamento: roda de diálogo sobre o estatuto da Rede Agroflorestal
16:00h – Encerramento

Obs: Realizar reservas pelo contato (12) 99647-5849 - (12) 99737-4176.
TRAZER FERRAMENTAS, SEMENTES E MUDAS PARA A TROCA.

PARA SABER MAIS: Histórico da área e do manejo

Manejo da área data: 23/05/2015

Implantação data: 25/06/2014



RELATO: Lote de Reforma Agrária do Assentamento Nova Esperança, de São José dos Campos,  investe na restauração da lavoura da araruta em  SAF

Contato: Altamir (Gaúcho)
SAF com tefrósia + banana + mandioca nova + araruta nova + faixas de cana e braquiária para cobertura do solo.

Araruta para multiplicação.


4 de dez. de 2015

MEMÓRIAS DE ATIVIDADES DE NOVEMBRO-DEZEMBRO/2015


Oficina “COZINHANDO COM PANC”
Projeto “Saúde na FEIRA”
Data: 7/11/2015 Hora: 9:30h
Local: Mercatau, Feira de Produtos Agroecológicos
Objetivo: exaltar a segurança alimentar por meio do resgate e popularização do uso de PANC – plantas alimentícias não convencionais, para a alimentação saudável, em um dia de feira, valorizando os produtores e os produtos locais, onde os conhecimentos e as receitas sobre plantas e historias foram trocadas. 
Renata< Cristina e Ana, ao fundo, Mário, no Mercatau de Taubaté.

A Oficina “Cozinhando com PANC”, parte do Projeto Saúde na Feira, contou com a pesquisadora Cristina Castro (APTA/SAA), que explicou o trabalho de resgate e pesquisas de PANC usadas por nossos antepassados, muitas ricas em nutrientes e esquecidas em nossa dieta atual. 
Casa cheia prá aprender sobre PANC e degustar pratos especiais da chef Ana.
A Chef Ana Alice realizou uma oficina com essas plantas, preparou e ensinou deliciosos e saudáveis pratos para degustação, tais como: canapés de almeirão roxo com recheio de bertalha coração e bertalha comum enfeitados com pimenta rosa; lambari da horta empanado; bolo de ora pro nóbis com limão; geléia de gengibre; suco  de cálices de vinagreira com cravo.

A produtora rural Renta Outubo e o chef Mário Borges organizaram a atividade. Renata preparou um creme de  cará; pastinha de ricota com folhas e flores de capuchinha e calêndula; e pastinha de  ricota com nirá.
Tudo uma delícia!!!
chef Mário Luiz Borges e a barraca Orgânicos Quiririm com produtos agroflorestais
As receitas estão no facebook “Organicos de Quiririm”, sendo o trabalho organizado e coordenado pelos produtores Renata Outubo e Mário Luiz Borges.
Relato: Cristina Maria de Castro / APTA Vale do Paraíba

REALIZAÇÃO:
Orgânicos Quiririm
APTA Vale do Paraíba
Ana Alice - Personal Chef
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VISITA AOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS DO ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA MÁRIO LAGO, EM RIBEIRÃO PRETO/SP
Data: 19 e 20/11/2015 
Objetivo: conhecer novas experiências com SAF.
 
Comitiva do Vale chega a Ribeirão Preto/SP.
 Participantes: 45 pessoas abrangendo os 3 assentamentos de reforma agrária do Vale do Paraíba - Nova Esperança (São José dos Campos), Macuco (Taubaté) e Olga Benário (Tremembé),- técnicos da Escola Nacional do MST ‘Florestan Fernandes’, do IBS e pesquisador da APTA Vale do Paraíba.


Atividades: após recepção com café da manhã, houve explicações detalhadas do histórico do PDS, dos SAF e dos projetos locais. Seguimos visitas em 4 áreas, sendo 2 em reserva legal e 2 em lotes. Retornamos a sede, almoçamos e finalizamos com uma roda de discussão, troca de experiências e avaliação.

O Assentamento PDS Mario Lago: foi criado em 2003, tem 462 famílias com lotes de 1,5 ha em média. A criação foi condicionada a assinatura de um termo de ajustamento de conduta, entre o INCRA e a promotoria, para recuperação ambiental da área degradada pela usina de cana de açúcar que cultivava cana.
O PDS tem 35% de área de reserva contra os 20% normalmente exigidos por lei. A proposta é que os 15% a mais sejam explorados com SAF, produzindo alimentos a recuperando o ambiente. A cooperativa do PDS aprovou em 2011 o projeto PDRS (Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável), do governo do estado de São Paulo, visando instalar 80 módulos de SAF de 500 m2 de área de cada lote, ao mesmo tempo em que seria feita a recuperação de 40 hectares da área de reserva legal com SAF. Até o momento, foram implantados 45 módulos em lotes e 5 hectares na reserva legal.

Nelson Barba (MST/Cooperafloresta) explica os princípios do manejo do SAF, onde o capim mombaça é roçado com trator e o ciscador já joga os resíduos como cobertura morta nos canteiros.
O diferencial dos SAF implantados no Vale do Paraíba é que a produção de hortaliças é integrada, os solos recebem boa adubação e o preparado mecanizado, irrigação por gotejamento, para a produção de hortaliças em curto prazo.
Preparo do solo e adubação: cada módulo de 500 m2 recebeu adubação - 40 kg de termofosfato yoorim, 50 kg de calcário dolomítico e 2.000 kg de esterco de galinha. O preparo consistiu de aração profunda e gradagem, sendo os adubos incorporados com enxada rotativa com encanteirador. O relevo plano e o tipo de solo (latossolo roxo) permitiram o preparo intensivo, sendo o risco de erosão diminuído em função do manejo do SAF garantir a rápida cobertura do solo com cobertura morta e diversidade de cultivos. Antes do preparo, áreas do entorno foram roçadas e o material vegetal seco separado, utilizado como cobertura morta. Ou seja, a massa vegetal não foi incorporada e serviu de proteção do solo contra rebrota do mato, mantendo a umidade evitando erosão.
Agricultor apresenta os canteiros de SAF com bananeiras intercalado com faixas de hortaliças.
Culturas e plantio: o sistema padrão implantado consiste de canteiros com uma linha central de bananeiras para adubação alternadas com eucalipto para madeira, adubação verde (feijão guandu) intercalada com mandioca e gliricídia (árvore plantada de estaca para poda). Associaram-se diversas hortaliças no mesmo canteiro. A área de 500 m2 demandou 15 bandejas de 200 mudas de hortaliças diversas, plantadas todas de uma vez só. Ex.: rabanete + rúcula + alface + tomate + berinjela + brócolos, sendo a colheita escalonada no tempo. No caso dos módulos na reserva legal, foram introduzidas espécies arbóreas nativas ao invés do eucalipto.
Explicação prática do manejo do tronco da bananeira para adubação verde dos canteiros de hortaliças. O pseudocaule da bananeira também ajuda a manter o solo coberto com umidade e sem a necessidade de capina.
Irrigação: irrigação por gotejo, por gravidade, sem a necessidade de bomba, bastando à caixa d’água situar-se a 2 metros de altura acima do nível do solo. Em alguns módulos são utilizadas fita de gotejo furada a lazer, que produz uma névoa de água e molha 1,5 metros pra cada lado; nesse caso, necessita de bomba de baixa potência.
Manejo: as bananeiras são podadas até 4 vezes por ano e, dependendo do interesse do beneficiário, pode ser utilizada para adubar as hortaliças e não produzir frutos.
Quebra-vento: cada módulo é protegido com faixa de bordadura com algum tipo de capim de porte alto, tal como o napier ou leguminosas para adubação verde, para proteger o SAF do vendo e reduzir a evapotranspiração e o consumo de irrigação.
Custos e retorno: a implantação de cada módulo de 500 m² custa cerca de R$1.800 reais, incluindo adubos, sementes, mudas, irrigação e horas máquina do preparo do solo. O Retorno estimado é de R$4.500 reais em 3 meses, exclusivamente com a produção de hortaliças.
Técnicos responsáveis: Nelson Barba (MST/Cooperafloresta) e IBS.
Relator: Ceceo Chaves – IBS
Revisão: Antonio Devide / APTA
Imagens: Jô e Ceceo
Informações: https://www.facebook.com/olgabenariotbe/photos/pcb.495966010581257/495964920581366/?type=3&theater

REALIZAÇÃO:
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Escola Nacional Florestan Fernandes
IBS – Instituto Biosistêmico
Apta – Polo Vale do Paraíba
Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba
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Curso SISTEMAS AGROECOLÓGICOS DE PRODUÇÃO: RECONECTANDO O HOMEM AO AMBIENTE

 

Data: 2 e 3/12/2015

Local: Polo APTA Vale do Paraíba, Pindamonhangaba/SP

 

Participantes: 20 assentados de reforma agrária de São José dos Campos, Tremembé e Taubaté, técnico do IBS – Instituto BioSistêmico.


Saf Olho dágua que foi manejado.

 Objetivo: apresentar as pesquisas sobre sistemas de produção de base agroecológica, ênfase em Sistemas Agroflorestais, plantas alimentícias não convencionais (PANC) e horticultura orgânica; estudar a paisagem.

 

Sistemas: 1. sistemas agroflorestais; 2. milho crioulo branco ‘Canjiquinha de Cunha’ associado nas entrelinhas com Crotalária juncea para adubação verde; 3. cultivo associado de mandioca de mesa, quiabeiro, adubação verde de feijão de porco em aléias com guandu e frutas nativas (araçá e romã); adubação verde de crotalária, mucunã preta, labe-labe e sorgo vassoura Tietê.

 

Mutirões:

Capina da adubação verde de feijão de porco com mandioca de mesa e quiabo em consórcio, com aléias de guandu. A mandioca (mandi) cultivada IAC 6-01 ‘Ouro’ e IAC 576-70 ‘Amarelinha’ foram plantadas em talhões separados, em linhas espaçadas a cada 2m, recebendo a um metro de distância uma linha de quiabo (Qui) de árvore ou quiabeiro comum; sendo a linha central de feijão de porco (FP) que foi cortada.

Linhas espaçadas a 1m: FP 1m Quiabo 1m Mandioca 1m Quiabo 1m FP

 

Manejo de SAF de 2013 – replantio de bananeiras associadas com mandioca, quiabo, feijão miúdo e feijão de porco (na faixa); entre-faixa com cana, adubação verde (sorgo vassoura Tietê + crotalária + guandu) e araruta (comum, Guadalupe e ovo de pata) ou açafrão.

 
Agricultores realizam o manejo de replantio e enriquecimento do SAF.

Realização: IBS Instituto BioSistêmico e APTA Vale do Paraíba

Relato: Antonio Devide 
Imagens:


19 de nov. de 2015

CALENDÁRIO DE MUTIRÕES AGROFLORESTAIS DO NÚCLEO PINDA-TREMEMBÉ


DATAS              Beneficiário                               Local                            Status

21/11/15             Sr Antonio/Dona Benedita     Olga Benário-lote 15   implantação Ok
28/11/15             Jéssica e Ricardo                       Olga Benário-lote 10   implantação Ok
05/12/15             Jô e Érika                                   Olga Benário-lote 7     implantação Ok
12/12/15             Cristina/Irineu-Thiago               Bom Sucesso/pedreira manejo        Ok
16/01/16             Sr Geraldo/Dona Ana                Olga Benário-lote 17   manejo        Ok
23/01/16             Maria Helena                             Olga Benário- lote 24  implantação Ok
30/01/16             Ana e Marcos                            Roseira                         manejo        confirmar
13/02/16             Dona Lourdes                            Redenção da serra       implantação confirmar
20/02/16             Michele                                      Olga Benário-lote 33  manejo         Ok

Obs.: Assentamento Olga Benário = Tremebé e Bom Sucesso = Pindamonhangaba.
Se possível, trazer ferramentas próprias, sementes e mudas para o plantio e troca.
Confirme os endereços e sua presença via facebook do Grupo da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba.



8 de nov. de 2015

MEMÓRIAS DE ATIVIDADES DE OUTUBRO/2015

ASSENTAMENTO NOVA ESPERANÇA I
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
Local: Sítio da família de Valdir e Rejane Martins
1° Oficina/Mutirão de implantação de bacia de evapotranspiração (sistema de tratamento de efluentes domésticos).
Objetivo: reduzir o impacto ambiental uma vez que os assentamento não dispõe de sistema de tratamento de esgoto. Compartilhar a biotecnologia introduzida pelo PUPA - Permacultura / Instituto ACEL (Bairro dos Freitas/SJCampos) para transformar o lixo em luxo. Ou seja, retirar da água cinza as impurezas e devolver a água tratada para o ambiente
Trabalho coletivo com PUPA e agricultores para abertura da bacia de captação de águas cinzas.

O IBS apoia a atividade do PUPA para popularizar a tecnologia de bioconstrução nos assentamentos do Vale do Paraíba. O Coletivo PUPA está vinculado  ao Instituto ACEL no bairro dos Freitas (SJCampos/SP) e visa disseminar a Permacultura.
REALIZAÇÃO:
PUPA – Instituto Acel
IBS – Instituto Biosistêmico
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba
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ASSENTAMENTO NOVA ESPERANÇA I
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
Local: Sítio de Gessi Brás dos Reis
Mutirão de Implantação de SAF em área de agricultura familiar.
Planejamento participativo d@s agricultor@s familiares.

Divisão em grupos para colocar a mão na massa.
Objetivo: instalar um módulo de agrofloresta através de mutirão visando acelerar a restauração da área degradada e empoderar os agricultores para a tomada de decisão na conversão agroecológica, incluindo a família do Sr. Gessi no coletivo da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba

REALIZAÇÃO:
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
IBS – Instituto Biosistêmico
Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba
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ASSENTAMENTO OLGA BENÁRIO
TREMEMBÉ/SP
Local: Sítio Beija Flora, família de Valdir e Carmem Nascimento
Data: 31/10/2015 Horário: 8-14 h
Mutirão de manejo de SAF em área de agricultura familiar.
Colheita e poda do guandu e formação de linhas de acúmulo de matéria orgânica para o plantio subsequente.
Participação de comitiva de agricultores de SJCampos, Tremembé, Pinda., Santo Antônio do Pinhal.

REALIZAÇÃO:
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
IBS – Instituto Biosistêmico
APTA – Polo Vale do Paraíba
Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba


1 de nov. de 2015

Memórias do MUTIRÃO AGROFLORESTAL NO ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA NOVA ESPERANÇA, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / SP

Data do evento: 9/10/2015 
Local: Assentamento Olga Benário, lote da Maria Severiana (DALVA) 
Objetivo: troca de experiências para o manejo agroflorestal participativo, preparo de agricultor@s familiares e técnicos de assistência técnica, pesquisa e extensão rural para a produção agroflorestal; apresentação dos sistemas agroflorestais para 35 acadêmicos e 4 educadores de ensino técnico. 

Roda de apresentações, muitos jovens de curso técnico de Gestão Ambiental de SJCampos.
Parcerias: Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba e Ibs - Instituto Biossistêmico.
Resumo da atividade de manejo: capina seletiva feita previamente, realizou-se o adensamento de arbóreas, com ênfase em frutíferas nativas, plantio de mandioca, milho e coquetel de adubação verde. Reunião de planejamento / avaliação e conversa no quintal agroflorestal de Dalva.
Dalva apresenta a área e relata o manejo que foi feito desde a implantação do SAF.
 Memória da implantação da área-piloto de SAF no lote de Dalva 7/5/2014: http://redeagroflorestalvaledoparaiba.blogspot.com.br/2013/11/mutirao-agroflorestal-no-assentamento.html

Capina seletiva (enxada), abertura de berços e plantio. Entre os citros recém podados (5x4m) plantou-se uma bananeira e uma arbórea de rápido crescimento para a poda. Nas entrelinhas do citros plantaram-se árvores nativas e exóticas a cada 1,5m, alternadas com frutíferas espaçadas entre si 6m na linha. Primeiro distribuiu-se as emergentes do futuro e as frutíferas, em seguida, as pioneiras de crescimento rápido plantadas de maneira alternada com as secundárias iniciais e tardias. De um lado e de outro da linha de árvores plantou-se estacas de mandioca alternadas com margaridão espaçadas 1,2m entre si. A mandioca recebendo à frente o coquetel de sementes de adubos verdes (feijão de porco, chícharo, tremoço, guandu, mamona e tefrósia). Nos demais berços (citros, banana, árvores, margaridão) plantaram-se o mesmo coquetel acrescido de milho e aveia. Todos os citros foram podados a 50cm de altura utilizando serrote e tesoura de poda e a galhada picada (podão) e deixada sob o solo. Richard destacou a necessidade de a desbrota deixar no máximo três ramos por planta na sequência. Manteve-se a cobertura morta sob o solo e falou-se que a capina seletiva deve recrutar o alecrim, amendoim do campo, jacarandá do campo, pau-viola e outras árvores da regeneração natural. O mutirão contou com 38 participantes e abrangeu uma área de cerca de 1.000m². As mudas foram produzidas localmente ou trocadas entre participantes.
Diálogo sobre biodiversidade e SAF no quintal agroflorestal de Dalva.

29 de out. de 2015

MUTIRÃO AGROFLORESTAL NO ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA OLGA BENÁRIO, TREMEMBÉ / SP

Sábado 31/10/2015 das 8-15h
Lote de Valdir e Carmem
Equipe de instalação do SAF em 2013.

A atividade comemora o retorno após a instalação do primeiro SAF em 12/11/2013.
http://redeagroflorestalvaledoparaiba.blogspot.com.br/2013/11/mutirao-agroflorestal-no-assentamento.html

Objetivo: Promover a troca de experiências para o manejo agroflorestal participativo, preparando agricultor@s familiares e técnicos de instituições de assistência técnica, pesquisa e extensão rural para a produção agroflorestal a partir da experimentação local. 
Local: Assentamento Olga Benário, lote do Valdirzão e Carmem. 
Data do evento: 31/10/2015 
Parcerias: Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, Sítio Terra de Santa Cruz, Agroquintais, Polo APTA Vale do Paraíba e Ibs - Instituto Biossistêmico.
Resumo da implantação da área-piloto de SAF no lote de Valdir/Carmem: http://redeagroflorestalvaledoparaiba.blogspot.com.br/2013/11/mutirao-agroflorestal-no-assentamento.html
Mutirão com 42 participantes, plantio de 3.000 m² de área com linhas de bananeiras Conquista e IAC 2001/prata (4x3m), alternadas com linhas de condessa (8x4m) ou linhas de espécies frutíferas nativas e exóticas (8x4m). Na linha da banana plantou-se diversidade de espécies arbóreas (frutíferas ou não), mamona, milho, araruta ou açafrão. Nas linhas da condessa/frutíferas intercalou-se diversidade de espécies florestais nativas e exóticas e outras frutíferas a cada 1m; entre estas, plantou-se inhame (taro), milho Sol da Manhã, mamona Preta, guandu Mandarim e tefrósia. De cada lado das fileiras de condessa/frutíferas plantou-se mandioca (IAC6-01/mesa ou IAC90/farinha) e feijão de porco. Em uma das linhas de mandioca plantou-se a cada 4-5m uma cana caiana. Na banana plantou-se soja orgânica, bertalha e uma estaca de margaridão. Na cerca plantou-se ora-pro-nóbis - cactácea PANC espinhenta resistente ao fogo.

Como chegar: fazer contato com o Valdirzão pelo telefone (12) 99799-9629. O sítio fica na Estrada do Kanegae e o ponto de referência da entrada do assentamento é o bar do João Faria. Quem vai de Pindamonhangaba, o acesso é pela estrada do Kanegae, que liga Pinda. a Tremembé, após o Bairro Bonsucesso, vira à esquerda na estrada de terra logo após a quadra de esportes. Pela Estrada Velha, passa a ponte do rio Paraíba após o centro de Tremembé em direção a Rodovia Floriano Rodrigues Peixoto. Logo após a ponte tem uma saída à direita, passa ela entra na seguinte (2ª) à direita, anda uns 3km em estrada de chão e pega a bifurcação à esquerda, depois da máquina de arroz. Anda uns 100m, passa por cima de bica d’água e entra à esquerda. Anda mais 1km. O primeiro lote é do Valdirzão. Quem vem pela Dutra de SP ou RJ, entra na Rodovia Floriano Rodrigues Peixoto e anda uns 15km no sentido Campos do Jordão. Segue toda a vida até o trevo de acesso a Tremembé, entra à direita na rotatória e anda uns 3km.

16 de out. de 2015

RELATO DE CASO MUTIRÃO AGROFLORESTAL NO ASSENTAMENTO NOVA ESPERANÇA I

Sítio da família de MARIA DO BELÉM DE JESUS (MARA MORENA)
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
Data: 11/9/2015 – Lote 14
Horário: 8-17h


Resumo da vivência: a família de Maria do Belém de Jesus produz agricultura de subsistência em seu lote de reforma agrária, com muitas dificuldades, pois não há irrigação, as terras estão degradadas infestadas com capins desde a implantação do assentamento de reforma agrária, há mais de 12 anos.  
O mutirão agroflorestal representou o primeiro passo para a mudança no modo de produção baseado na capina total do terreno resultando em forte erosão do solo. Agora, o que se quer, é produzir massa vegetal para cobrir o solo no SAF e assim recuperá-lo, para que espécies de ciclo médio e longo se desenvolvam e produzam melhores colheitas.

Apresentações e planejamento participativo

Resumo do mutirão
Estudo da paisagem: terreno de mares de morros de topos arredondados findando nas várzeas do rio Paraíba, a declividade varia de suave a forte ondulada, substrato arenoso na superfície e argiloso em profundidade cria gradiente que favorece a erosão do solo. Observamos a vegetação espontânea de braquiária e capim sapé, este último indicador de solos muito ácidos. Avistamos outras microbacias com o mesmo problema e distante, alguns dos lotes em conversão agroflorestal exibem uma fitofisionomia arbustiva, estancando os problemas da invasão de capins através do pré-cultivo do guandu (Cajanus cajan).
Sensibilização sobre SAF e indução à troca de experiências
Metodologia participativa: após a apresentação coletiva e o estudo da paisagem para o entendimento sobre o papel dos SAF na restauração ecológica do ambiente com ênfase ao papel hidrológico destes na bacia do Paraíba do Sul, realizou-se amplo diálogo sobre o desenho do SAF e o planejamento para a implantação. O método ‘aprender fazendo’ preconizado pela APTA/SAA – Polo Vale do Paraíba é rápido e fácil entendimento, consiste na indução à reflexão para a implantação de um SAF com os recursos genéticos disponíveis. Com o apoio do facilitador foram feitos os questionamentos para despertar o saber local e promover a troca de experiências visando o empoderamento dos atores locais para a resolução dos problemas a partir da implantação e manejo do SAF.
 Realização do Plantio das mudas e das sementes de adubação verde
Preparo do solo: a área de 1000 m2 escolhida para o plantio do SAF foi preparada com aração e gradagem; foram abertos berços para o plantio de bananas em linhas intercaladas (quincôncio) cortando as águas. Nas entrelinhas plantaram-se mudas de espécies arbóreas diversas, alternaram-se frutíferas com árvores pioneiras e secundárias. Nas linhas laterais, plantou-se a mandioca (aipim). Alternaram-se mudas de cana a cada 3 a 4m com dupla função (produção de massa para cobertura do solo e a cana para o consumo humano). A adubação verde (milho, sorgo, feijão de porco, guandu, crotalária e mamona preta) entrou em todas as linhas de banana e entrelinhas junto com as mudas de árvores, para rápida cobertura da área e produção de massa vegetal.
Foram plantadas aproximadamente 200 mudas nativas (frutíferas, adubação verde e madeira), algumas oriundas de produção própria da beneficiária, outras trazidas por outros participantes do mutirão do assentamento e da APTA Vale do Paraíba, produzidas a partir do resgate de sementes coletadas pelos próprios agricultores, além de 40 mudas de variedades elite de banana micropropagadas. A adubação da bananeira consistiu de termofosfato Yoorin e torta de mamona, fornecidos pelo IBS/INCRA.
Avaliação: com a produção própria de mudas e a doação para a Sra Maria do Belém, mais uma vez grupo de agricultor@s do assentamento Nova Esperança demonstrou amadurecimento, uma vez que está cada vez mais autônomo sem a necessidade de ajuda externa para a realização das atividado
Grupo de visitantes: Cursos Técnico de Meio ambiente com cerca de 10 jovens e educadores de São José dos Campos
Alimentação: disponibilizada pelos beneficiários do lote a partir de produtos locais, sendo o café da manhã colaborativo onde cada um trouxe algo para compor a mesa. 

Algumas espécies plantadas (nome popular): Graviola, Carambola, Jaca, Acerola, Pinha, Romã, Pitanga, Grumixama, Cabeludinha, Jabuticaba, Araçá amarelo, Araçá Vermelho, Ingá macaco, Ingá mirim, Angico, Sabão-de-soldado, Pau-viola, Pau-formiga, Pau-jacaré, Paineira, Jacarandá, Mogno, Ipê rosa, Ipê amarelo, Ipê verde, Pau-ferro, Jatobá (entre outras).
Banana Prata (variedade BRS Platina).
Relator: Ceceo Chaves – IBS
Apoio técnico: Elton Santos - Fundação ITESP
Facilitador e revisor: pesquisador da APTA do Vale do Paraíba Eng Agrônomo Antonio Devide.
Realização: agricultor@s familiares vinculados à Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, do Assentamento Nova Esperança I, de São José dos Campos.