29 de jan. de 2020

JORNADA DE IMPLANTAÇÃO DE SAF´s NO VALE DO PARAÍBA

17 de Dezembro de 2019

Vivência agroflorestal Assentamento Conquista em Tremembé - SP .

   O dia ensolarado logo cedo marcou o início da realização de um sonho. Sim,
sonhado por muitos, porém mais ainda pela Néia e Janaina. De início a sobrinha lhe falava o tempo todo, diga-se de passagem, sobre a tal agrofloresta, sobre a diversidade e
versatilidade de se plantar muito em pouco espaço, da satisfação em ver, comer e sentir
de tempo em tempo diferentes aromas, sabores, cores. Dar valor a cada espaço e de não
apenas tirar da terra, mas dar a ela um pouco do que ela gentilmente nos dá com
generosidade.
O SAF de hoje começou a uns dias, na visita a Apta, pois dali, a Néia saiu
convicta de que sim, da certo , sim, é viável e, sim, podemos ser úteis na regeneração da
nossa terra! O que mostra como é importante a visita a áreas modelo.
Gratidão a Deus, pois achávamos que teríamos poucas mudas, gratidão ao
Antônio Devide por seus ensinos e generosidade, uma pessoa que vê sempre o bom de
todos, que acolhe e orienta, ao Thiago e Mari, por ter seus princípios enraizados no
peito e por espalhar agrofloresta por aí sem esperar nada em troca, ao Paulo sempre
disposto, sempre presente, sempre generoso com mudas e seu bom trabalho, a Deise que
em meio a tanta turbulência preocupou-se em deixar um bolo pro café, ao Lucas pela
disposição, seu Zé Nicácio por compartilhar mudas e sabedoria, além da humildade de
querer aprender mais, seu Jorge que também colaborou e também demonstra sua
vontade em fazer diferente e compartilhar o que já sabe sobre lavrar a terra, a Luciana
que está sempre alegre e disposta e transborda amor pelas plantas.
Sonho que se sonha junto realiza! Hoje foi uma etapa, pois o sonho é espalhar
por aí SAF´s, sementes, sentimentos, alegrias e experiências. Cada um de nós tivemos
nosso papel e assim como na agricultura, a junção de seres diferentes que equilibra, que
dá vida e embeleza!
Além da alimentação que o solo nos dá, de variedades de pássaros de flores e
etc., a agroecologia nos ensina a trazer para a vida a sabedoria da floresta, a ser
pacientes com outros, pois cada um tem um tempo para frutificar, a ser agradecidos, a
olhar cada detalhe a nossa volta, a entender o outro, ser generoso, a lidar com as
diferenças. Enfim, agroecologia é um princípio não apenas um jeito novo de plantar.

Foram plantadas cerca de 40 espécies diferentes nesse SAF, o RECANTO AGROECOLÓGICO, que recebeu esse nome já pensando no futuro, passará de uma terra árida, sem vida, pálida e arenosa, para um solo, sádio, vivo, rico em nutrientes, vida, matéria orgânica e com certeza será um lindo recanto.

Agora, é continuar trabalhando, compartilhando ensinos, e esperar as plantas crescerem observando seu comportamento. Como diz Ernest Ghost: Eu planto meu mato eu manejo meu mato. Nós plantamos, nossa equipe foi maravilhosa!
A cereja do bolo foi a abençoada chuva que nos presenteou com seu frescor a noite, molhando as mudinhas recém plantadas.
A todos que estavam presentes ou na torcida, que colaboraram de alguma forma, nossa gratidão!






                                                     Desenho do SAF:
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                                                                   LEGENDA
B-banana
A-árvores frutíferas nativas
s- plantas de serviço-hibisco e amora de estacas
M- mamona preta
fp-feijão de porco
BD-batata doce
AM-amendoim
tq- consórcio tefrósia e quiabo
cg-consórcio crotalária e guandu
fg-fedegoso
Descrição do plantio
Linhas de banana consorciadas com árvores de frutas nativas diversas e não nativas. Espaçamento entre estas linhas de 6m e entre plantas de banana de 5m e entre árvores, também de 5m.
No intervalo entre elas foram incluídas estacas de amora e hibisco para produção de biomassa.
Em cada linha foi incluído um consórcio diferente de adubação verde ao lado de cada linha já havia sido colocado uma carreira de mamona preta, e nas entre linhas  deixou-se um espaço para a plantios de batata doce e amendoim.

Lista de espécies plantadas:
Mangostão                              
 Abacate
Manga
Timboriu
Laranja pera
Laranja ouro mel
Cedro
Pau viola
Araçá
Dovialis
Cajamanga
Paineira rosa
Flamboyant mirim
amendoim bravo
Pau dalho
Tamarindo
Abiu
Moringa
Pitanga
Uvaia
Cabeludinha
Grumixama

Relato: Janaína Anacleto e Thiago Ribeiro Coutinho
Revisão: Mariana Pimentel Pereira

ACONTECEU: Manejo Agroflorestal em Horta Coletiva

Mutirão Manejo Agroflorestal com Antonio Carlos Pries Devide



A coluna ereta, a mente quieta e o coração tranquilo. Iniciamos o mutirão
agroflorestal na área da horta agroecológica coletiva do Pré-Assentamento Egídio
Brunetto na manhã do dia 13 de janeiro com a limpeza do terreno. Uma capina seletiva
deixando no espaço as mudas de mostarda do cultivo anterior e noutra parte daquele
território ceifando as ervas espontâneas, em sua maioria a tiririca, capins e o caruru, este
também preservado. Formamos leiras, onde o mato foi disposto com terra por cima,
formando canteiros. Posteriormente, depois do material decomposto, será cultivado as
culturas alimentares. Formará a parte ensolarada da Horta.


A outra parte da Horta é formada por linhas de touceiras de banana, tendo no
centro dois canteiros de duas espécies terapêuticas, conhecida entre os agricultores
como “terramicina” e “novalgina”. A primeira é usada como anti-inflamatório, muito
utilizado para a lavagem de ferimentos, a segunda, também conhecida como mil folhas
promete aliviar as dores do corpo, abaixando a febre.


O trabalho deste espaço sombreado foi revitalizar esta área introduzindo espécies
de sub-bosque: a araruta ovo de pata, a cúrcuma e a zedoaria. A primeira muito utilizada
pelos povos indígenas, fornece um fino polvilho muito utilizado para a cura dos ferimentos
de flechas. Usada para recuperação de mães paridas convalescentes, crianças
desnutridas e velhinhos desenganados.
A segunda, também conhecida como açafrão brasileiro, é um anti-inflamatório
potente, muito utilizado para tratar gengivites, por exemplo. E por último, a zedoaria,
popularmente conhecida como “vick”, a semelhança do remédio farmacêutico promete
descongestionar as vias respiratórias, é feito uma pasta das raízes de coloração azul e
cheiro característico. Foi sugerido também, a introdução de estacas de Chaia, uma
hortaliça usada semelhante a couve, só que necessariamente preparada refogada.
Esta área central da Horta Coletiva Agroecológica funciona como uma farmácia
popular deste Assentamento e é no mutirão que o saber é compartilhado.


Por sugestão de um dos participantes foi enfocado o manejo técnico das touceiras
das bananeiras. Primeiramente a diferença entre “plantas mães”, “plantas filhas” e
“plantas netas”. A “planta mãe” é a planta com o cacho de bananas da safra atual. Ao seu
redor, nascem brotos, estes rebentos são chamados “plantas filhas”, sendo então “plantas
irmãs”. O desbaste ou retirada das mudas filhas é feito, elegendo-se apenas uma muda,
mais desenvolvidas ou melhor disposta na touceira para ser a futura “planta mãe”, ou
seja, a que emitirá o cacho de bananas na próxima safra. Quando esta muda se
desenvolve, emitirá novos brotos, as denominadas “plantas netas”. Iniciando nova etapa
de crescimento da família. As mudas desprezadas são simplesmente podadas ou
retiradas com técnica para formar mudas para a formação de novos bananais. O processo
de retirada das mudas é feito realizando uma valeta ao redor da touceira e com o auxílio
de uma ferramenta conhecida como “cava” ou “chivanca”, trata-se de uma cavadeira com
uma folha apenas. Fazendo-se o movimento de alavanca, faz-se a força que destaca a
muda da touceira, fazendo o desprendimento do rizoma.


Uma operação importante no manejo da touceira é a retirada total do pseudocaule
da “planta mãe”, no momento da retirada ou colheita do cacho de banana. É realizada
rente ao solo, com o auxílio de um facão. Complementando esta operação, é feito um
buraco, formando uma cavidade no rizoma exposto e permitirá o acúmulo de água. Tem
por objetivo impedir a entrada de um inseto praga, o moleque ou broca da bananeira, no
ferimento do rizoma.
A ainda, o manejo agroecológico do pseudocaule retirado. É cortado ao meio, de
forma longitudinal, posteriormente é picado, formando pedaços tipo “Telha”. Estas telhas
são dispostas no solo, com a parte cortada para baixo. Esta operação fornece uma
adubação e irrigação as culturas cultivadas, fornecem potássio e água, principalmente.



Complementando-se a operação, estas “telhas” são cobertas com as folhas da planta
cortada cobrindo totalmente o material disposto sobre o solo.
Se possível, há ainda uma medida protetora, quando as “telhas” vão sendo
dispostas sobre o solo, algumas são escolhidas e pinceladas com uma pasta contendo o
fungo beauveria bassiana. O fungo é parasita do inseto praga. Colonizam o corpo do
besouro.
Partimos então para o manejo da área ensolada. Lá serão cultivadas as olerícolas
para preparo coletivo das refeições fornecidas na Escola Popular de Agroecologia “Ana
Primavesi”. Serão introduzidas as seguintes espécies de bananeiras: IAC Prata, IAC
2001, Roxa, Maça, Conquista, Nanicão e Prata Comum. Foi plantado ainda, estacas de
glirícidas, uma leguminosa que fornece nutrientes, entre eles o nitrogênio e sombra ao
sistema agroflorestal.
Concluído a tarefa do dia, conhecimento compartilhado, fomos repor as energias
com o alimento oferecido: arroz, feijão, alface, rabanetes com maxixe e um creme de
berinjela temperados com amor. Este espaço leva o nome de Ana Primavera que
ascendeu para o plano espiritual recentemente. Muito se escreveu sobre a importância
desta pesquisadora e agricultora para a Agroecologia deste Brasil. Muitos filhos
aprendizes ela formou em seu caminhar. Participando destes mutirões vemos que estes
agricultores e este território bebeu na fonte de seu saber e colocam em prática seus
ensinamentos e seu amor a Terra.






Relato:  José Miguel Garrido Quevedo - Perito Ambiental INCRA-SP
Revisão: Mariana Pimentel Pereira
Fotos: Marcielle Monize

Aconteceu: Agrofloresta Pra Viver

Relato Mutirão Sítio da Xuxu
                                  




No dia 23 de Dezembro de 2019 foi dado início a caminhada de implantação de SAF’s
no Projeto de Assentamento Agroecológico Egídio Brunetto na cidade de Lagoinha-SP.
Um grupo de agricultoras e agricultores do assentamento, durante um dos encontros
coletivos decidiram realizar mutirões agroflorestais semanais nas áreas coletivas, e nas
parcelas de cada família interessada e com demandas de implantar sistemas
agroflorestais, para comporem suas áreas de produção. Pra finalizar o ano de muito
trabalho e superações diante da luta que representa a construção da Reforma Agrária
Popular, foram somadas forças e realizou-se a implantação deste sonho da companheira
Flávia que já há algum tempo vem participando e se encantando em trabalhar com a
agrofloresta.



Em preparação para o mutirão foi feita uma visita de diagnóstico da área e a partir de
leitura da paisagem e por meio de perguntas, de indicações e orientações do grupo
composto também por integrantes da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba e a
responsável pela área, Flávia, elaboraram uma proposta de desenho de SAF seguindo
plantios de algumas árvores frutíferas e plantas adubadeiras como feijão guandu,
mamona que Flávia trouxe de mutirões da Rede que participou.


A chuva marcou forte presença no dia, mas a vontade de realizar a tarefa foi maior e as
pessoas marcaram presença, trazendo mudas, sementes e a grande força de vontade.
Foram plantadas três linhas de árvores frutíferas nativas entre elas nativas não frutíferas
buscando encaixar os estratos alto, médio e emergente para compor um bom
desenvolvimento das árvores e enriquecer o sistema. O espaçamento foi de 3m entre
plantas e 4m entre linhas, sendo essas linhas de frutas intercaladas por linhas de banana,
que ficaram no espaçamento de 4m também. No espaço da entrelinha das bananas
entrou linhas de cana e na das árvores ficou separado para plantio de roça, abóbora e
milho, não plantadas no dia. Devido a chuva, também não foram plantados as plantas adubadeiras, mas ficou definido os espaços para o plantio posterior de guandu, mamona,
crotalária e tefrósia. A área total aproximada do plantio foi de 800m² localizado na cota
inferior de uma colina que compõe boa parte do lote. A área plantada também foi
próxima a um riozinho que corta a parcela e nasce também nas partes altas do lote
circundante. Com muita taboa e assoreado o rio recebeu espécies florestais em sua
margem como pau-viola, angico branco e aroeira pimenteira, compondo a parte mais
baixa da área plantada com forte presença de alagamentos.

Ao final foi servido um delicioso almoço aos participantes preparado pelas caprichosas
mãos de Dona Bernarda, vizinha, amiga e companheira de luta. Após o almoço foram
encaminhadas próximas datas de mutirões e um breve relato de cada participante sobre
a atividade do dia. Flávia (Xuxu) batizou seu SAF de Natalino com grande felicidade
em sua nova jornada de trabalho e luta.












Relato: Thiago Ribeiro Coutinho
Revisão: Mariana Pimentel Pereira
Fotos: Juliane Ferreira

10 de jan. de 2020

MUTIRÃO AGROFLORESTAL NA HORTA COLETIVA DO ASSENTAMENTO EGÍDIO BRUNETTO DE LAGOINHA-SP

LOCAL: HORTA COLETIVA - CASINHA
ASSENTAMENTO EGÍDIO BRUNETTO, LAGOINHA/SP
DATA: 13/01/2020

ACONTECEU: Plantio de árvores frutíferas e nativas, culturas alimentícias e adubação verde em Lagoinha-SP

MUTIRÃO AGROFLORESTAL NO PRÉ-ASSENTAMENTO AGROECOLÓGICO EGÍDIO BRUNETTO
DATA : 06 de janeiro de 2020 – Lagoinha - SP

Por: José Miguel Garrido Quevedo - Perito Ambiental INCRA-SP

OBJETIVO: Plantio de árvores frutíferas com culturas anuais alimentícias e adubação verde
Área Experimental Agroflorestal Abacateiro - Lote 9 da família de Higor e Daniela

INTRODUÇÃO: 
        No dia do aniversário do Higor, agricultor do lote 9, realizou-se a instalação de um SAF em mutirão com agricultores, agricultoras e familiares daquele Assentamento e este servidor. Ao final, foi oferecido refeição com produtos locais. Quem participou trouxe ferramentas de trabalho. 
       Essa é a síntese do que os integrantes da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba nos proporcionou neste dia de Santo Reis. Uma descrição de atividades desenvolvidas nesta Rede, que une corações. E lá vamos relatar mais um mutirão...
        Esta forma de trabalhar a instalação e manutenção dos sistemas agroflorestais reúne ingredientes que a Rede proporciona aos participantes e faz-nos sentir pertencente a um coletivo. Assim vejamos:

BENEFICIÁRIOS: 

     Foi realizado num espaço dedicado a produção de olerícolas desta família, mola mestre que impulsiona a união e organização de um grupo de comercialização que vem rendendo, liga que une a trajetória destes agricultores. É deste coletivo que participam de um grupo onde fornecem alimentos orgânicos a consumidores nas cidades de Taubaté, Guarantiguetá e Ubatuba, Grupo que escolhe os produtos de suas cestas por meio de WhatsApp. Semanalmente é divulgado a colheita da semana, beringelas, abóboras, alface, quiabo, pimentão, são alguns exemplos. Cabe lembrar que nas mãos da Daniela, companheira do Higor, são transformados em conservas, que não perdem para nenhum gourmet. Esta forma de comercialização vem pouco a pouco se firmando entre estas famílias, já são doze famílias que estão neste grupo de comercialização.
      Este dia de trabalho uniu os jovens, as mulheres, os homens do Assentamento e colaboradores que auxiliam no desenvolvimento deste assentamento e são estímulo para aquelas famílias participarem daquela ação. O objetivo do encontro: É escola viva sobre a Agroecologia e os Sistemas Agroflorestais. Congregando este movimento, a presença de um agricultor mais experiente, que foi nosso instrutor, que nos conduziu neste dia de aprendizado em Sistemas Agroflorestais.

SISTEMATIZAÇÃO DO SAF: MANEJO DE PLANTIO E DIVERSIDADE
     Foram distribuídas 13 mudas de abacate, 30 mudas de café, 2 mudas de urucum, 10 mudas de Cambuci, 10 mudas de castanha macadâmia, 10 mudas de romã, 15 mudas de nêspera, 10 mudas de graviola, 10 mudas de maça, 10 mudas de pêssego e 10 mudas de araucária, entre as mudas, rizomas de 5 espécies de banana. O espaçamento utilizado foi de três metros.
Área de implantação: detalhe na distribuição de cana prá fazer o quebra vento/quebra sol do sistema (zíper) na bordadura.

     Como espécie adubadeira foram utilizadas a mamona preta, o feijão guandú e o feijão de porco. Como culturas de ciclo mais rápido foram utilizadas o milho, o quiabo e o feijão de corda e como raízes a mandioca e a batata doce. Finalmente como cultura de isolamento a cana de açúcar. Pretende-se semear ainda o girassol e o margaridão.
    O desenho deste SAF proposto é: Entre estas linhas de árvores, bananas e adubos verdes, serão cultivados faixas de culturas, a saber: Faixa de feijão de corda, faixa de mandioca e faixa de milho com feijão de porco.
Croqui de plantio de SAF com ênfase em fruticultura e culturas alimentícias tuberosas.

Como aprendizado do dia, o manejo do facão para preparo das ramas da batata doce, elas são enroladas como a Coroa de Cristo, que permitem melhor pegamento e distribuição das raízes. Nos rizomas da banana foi realizado o toalete para retirar brocas e plantadas deitadas, a fim de forçar o melhor enraizamento dos brotos, e ainda, a cana-de-açucar foi colocada no sulco e posteriormente cortada com o facão, o que facilitou bastante a operação.
Plantio em sistema de mutirão: abacateiros carro-chefe com frutas nativas, adubadeiras e espécies alimentícias em faixas.

LAGOINHA ÉM UM LUGAR MUITO ESPECIAL!!!        
       É final de tarefa, antes de almoçar fui até a cachoeira me refrescar um pouco com as crianças
da Daniela e com o Senhor Cícero, avô adotivo destas crianças. Novamente me senti avô. Ficou marcado para cada segunda feira, uma reunião como esta, no espaço da sede e de um agricultor que queira instalar SAFs em seu lote.
        Me despeço destes agricultores, o Higor e a Daniela sua companheira, uma Chef, que tem prazer em fazer e distribuir quitutes, com aprendizado no coração, me sentindo bem entre eles.

Revisão e adaptação para blog: Antonio Devide - pesquisador APTA/Vale do Paraíba