11 de set. de 2023


✨ É com muita alegria que a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba abre as inscrições para a Formação prática em Horta Agroflorestal, o curso de 3 dias terá início no Assentamento Nova Esperança, sítio Guajuvira em São José dos Campos - SP nos dias 6, 7 e 8 de outubro de 2023. ✨

Podem se inscrever gratuitamente na formação: agricultoras e agricultores dos 6 Assentamentos do Vale do Paraíba e parte das vagas também poderá ser preenchida por agricultoras e agricultores familiares que possuem sítio próprio com interesse no Sistema Agroflorestal. A organização das atividades de alimentação e hospedagem será de forma compartilhada com todos os participantes e seus familiares, formato mutirão. 💫🌱

🌿_A atividade está sendo viabilizada através do projeto: Formação Prática em Agrofloresta, para produção de alimentos e preservação da Floresta Atlântica em Assentamentos Rurais com apoio do Fundo Casa Socioambiental._ @fundocasasocioambiental

🎯 As atividades serão orientadas por Altamir Bastos e Valdir Martins. Os sítios parceiros que receberão a implantação da horta agroflorestal são representados por Thais Rodrigues, Maria do Carmo e Janaína Cristina. Você gostaria de ter um SAF em seu sítio mas não sabe como fazer? Vem aprender com a gente!!!

Confira a data e inscreva-se para participar:

✔ Dias 06, 07 e 08 de outubro de 2023, no SÍTIO GUAJUVIRA, localizado no Assentamento Nova Esperança em São José dos Campos-SP.


inscreva-se pelo perfil da @rede.agrofloretal ou no link de inscrição: https://linktr.ee/redeagroflorestal
 

8 de set. de 2023

Oficinas de Coleta e Despolpa da Palmeira Juçara no Ribeirão Grande em Pindamonhangaba/SP

Por Marcielle Monize, Antonio Devide

Entre os meses de junho e agosto de 2023 foram realizadas quatro oficinas de coleta de juçara e quatro oficinas de despolpa dos frutos com os moradores do bairro Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba/SP.  



As atividades foram desenvolvidas em continuidade ao projeto iniciado no ano de 2021 que resultou no mapeamento e seleção de áreas para a coleta da juçara no Ribeirão Grande.

  

Andar na mata e conhecer um dos primores da floresta, assim tem sido as oficinas de coleta e despolpa da Palmeira Juçara (Euterpe edulis Mart.) no bairro rural do Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba/SP, sob orientação do coletor de sementes e apicultor Pedro Valadares.


A atividade foi dividida em três momentos: Oficina de colheita, Pesquisa participativa e Oficina de despolpa da juçara.


Oficina de Colheita

Primeiramente a preparação para a colheita, onde vamos caminhando pelas áreas dos sítios previamente selecionados, identificando as palmeiras, o estágio de maturação dos frutos e a viabilidade da subida, levando em consideração a segurança e optando se a coleta será por peconha ou com colheitadeira (busca cacho). 




Nesse momento os participantes recebem as orientações sobre o uso das ferramentas e podem experimentar a colheita das duas formas: peconha e colheitadeira de juçara. Com a ajuda do grupo de coleta de sementes Redário também foi possível a subida com equipamentos de segurança usado em atividades de escalada em rocha.

 


Pesquisa participativa

Em seguida o cacho colhido é debulhado e inicia-se o trabalho de pesquisa participativa com os moradores locais que visa avaliar os atributos das palmeiras, medindo-se a circunferência do estipe (tronco) na altura do peito e altura do(s) cacho(s), bem como os aspectos ligados à produção: peso de frutos por cacho e peso de frutos por palmeira.

Uma amostra de frutos de cada cacho foi separada e enviada para análise mais detalhada na APTA Regional de Pindamonhangaba obtendo-se a massa fresca e seca dos frutos.

A sistematização dos resultados parciais obtidos nas duas primeiras oficinas gerou um trabalho, que foi aprovado para ser apresentado no Eixo Temático Manejo de Agroecossistemas. do XII Congresso Brasileiro de Agroecologia.



Título: Pesquisa participativa no estudo da palmeira juçara (Euterpe edulis Mart.) no Ribeirão Grande em Pindamonhangaba, Vale do Paraíba – SP

No resumo do trabalho consta que...

A palmeira juçara (Euterpe edulis), nativa da Mata Atlântica, sustenta rica cadeia trófica impactada pela extração predatória do palmito. A pesquisa participativa com os moradores do bairro rural Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba – SP, visa avaliar populações de juçara em sítios classificados a partir da luminosidade em Floresta (sombreada), Plantio (sombra parcial) ou Quintal (pleno sol).

Foram amostradas 42 palmeiras em sete sítios determinando-se a circunferência à altura do peito (CAP) e altura da emissão dos cachos do nível do solo; o número de cachos colhidos e cachos verdes a colher, peso dos frutos e produção.

Em Quintal e Plantio a colheita foi facilitada pela baixa altura dos cachos em comparação às palmeiras na Floresta.

Foram colhidos 55 cachos, resultando em 105 kg de frutos, 50 kg de polpa e 60 kg de sementes. O cultivo de juçara pode gerar renda e promover o equilíbrio biológico em sistemas agroflorestais, florestas e áreas em restauração." 

Palavras-chave: coletor de sementes; sistemas agroflorestais; Mata Atlântica.

Oficina de despolpa da juçara

Os participantes das oficinas foram convidados a colaborar com a coleta de dados e àquelas pessoas que integram o projeto desde 2021 auxiliaram na interpretação e discussão dos resultados, bem como na etapa de revisão do trabalho escrito, qualificando a pesquisa como participativa.

Na segunda parte da oficina aconteceu a despolpa, onde todos os coquinhos (frutos) colhidos foram levados para a cozinha experimental da APTA Regional ou da Fazenda Nova Gokula (compartilhada), iniciando-se o processo de separação dos frutos maduros e verdes.




Os frutos selecionados, após lavados, ficaram de molho em solução de hipoclorito. Depois de lavados novamente, os frutos foram levados à despolpadeira. E assim obteve-se o suco da Juçara.


Os participantes foram convidados a degustar o suco, saboreando assim de todo o processo da experiência de coleta e despolpa da Palmeira Juçara. Cada atividade durou um dia inteiro, com envolvimento ativo de todas as pessoas presentes. 


As oficinas foram realizadas nos dias 17/6, 24/06, 3/8 e 21/8/2023, totalizando 40 horas de atividades de coleta, marcação de matrizes e deslpolpa de juçara. Contou com a participação de 45 pessoas e abrangeu oito propriedades rurais do bairro Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba/SP.


Revisão e coordenação da pesquisa participativa: Antonio Devide - pesquisador da Apta Regional de Pindamonhangaba.


Na última oficina tivemos a presença de Drica Avelar, chef de cozinha que está viajando pela Serra da Mantiqueira. Além de acompanhar a atividade ela criou uma receita bem gostosa com a polpa da juçara. Segue o vídeo:



Fotos: Marcielle Monize e Antonio Devide


Realização:



Agradecimentos:  


Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba pela captação de recursos com a empresa Dupont - filial Pindamonhangaba para o custeio das oficinas.

Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental - Projeto Ecomercado: forneceu os equipamentos das cozinhas que foram adquiridos por meio do edital Ecoforte da Fundação Banco do Brasil.



7 de set. de 2023

CURSOS DE FORMAÇÃO DE AGROFLORESTORES/AS - CHAMADA FUNDO CASA SOCIOAMBIENTAL: 'FORTALECENDO COMUNIDADES PARA CONSERVAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA E RESILIÊNCIA CLIMÁTICA'

Por Tatiana Cabral - coordenadora

A Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba está em constante atividade e articulação, aproximando técnicas e técnicos, educadoras e educadores, agricultoras e agricultores, agroflorestoras e agroflorestores, dentre outras pessoas, que em geral estão unidas pela vontade de implantar, manejar, estudar e disseminar os sistemas agroflorestais (SAF) para restaurar a paisagem na bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

Imagem Lucas Lacaz / A13

A formação de Grupos de Trabalhos da Rede Agroflorestal, chamados de GTs, melhorou a comunicação e a organização das equipes de trabalho a frente das atividades dos projetos. 

Nas  reuniões do GT Projetos se dialoga sobre ações em andamento  e, também, se articula uma equipe técnica multidisciplinar para elaborar propostas engajadas com a base da Rede Agroflorestal (agroflorestoras e agroflorestores), visando acessar editais e fontes de financiamento. 

O embasamento metodológico das propostas e as justificativas estão amparadas nas demandas apontadas no Plano de Ação da Rede Agroflorestal, alinhadas a objetivos a serem alcançados no âmbito de cinco Grupos de Trabalho (Mutirão, Projetos, Comunicação, Infraestrutura e Sementes) e as qualifica por ordem de prioridade. 

Foi assim que conseguimos, no mês de agosto, elaborar uma proposta selecionada na chamada do Fundo Casa Socioambiental associação sem fins lucrativos que busca promover a conservação e a sustentabilidade ambiental, a democracia, o respeito aos direitos socioambientais e a justiça social por meio do apoio financeiro e fortalecimento de capacidades de iniciativas da sociedade civil na América do Sul.

Título do projeto: 

Formação Prática em Agrofloresta, para produção de alimentos e preservação da Floresta Atlântica em Assentamentos Rurais

Objetivos: suprir a necessidade de compartilhar o conhecimento agroflorestal trazendo ações práticas entre os moradores e agricultores do Vale  do Paraíba, em especial dos assentamentos de reforma agrária.

Metodologia: O projeto é dividido em três atividades de formação prática de agroflorestores/as, com a implantação de horta agroflorestal. Cada atividade de formação será oferecida gratuitamente para um núme ro de até 20 pessoas por curso; cada um com a duração de três dias, com aulas teóricas, práticas e mutirão agroflorestal.

Aderência do Projeto às demandas do Plano de Ação

Objetivo 2:

Fomentar ações de disseminação dos sistemas agroflorestais para restaurar a paisagem regional

- Elaborar projeto com foco em vivências. 

- Fortalecer a soberania e segurança alimentar e nutricional em agroflorestas: elaborar projeto para desenvolver atividades de disseminação do conhecimento sobre planejamento para segurança  alimentar, priorizando a reforma agrária e famílias vulneráveis.

Objetivo 3: 

Promover mutirões agroflorestais no Vale do Paraíba

- planejar os mutirões agroflorestais com infraestrutura adequada e enfoque produtivo, enfatizando a inclusão de propriedades familiares vulneráveis da reforma agrária.

Consolidar as vitrines agroflorestais estruturando áreas de referência em tipologias de SAF para receber visitações e vivências.

Objetivo 4: 

Promover a capacitação e o ensino formal sobre sistemas agroflorestais

Apoiar a capacitação para assistência técnica e extensão rural (ATER) em SAF: Formar agricultores para compor a equipe de ATER de agricultor para agricultor.

Inscrições

Poderão se inscrever gratuitamente para a formação: agricultores/as dos assent amentos de reforma agrária Conquista (Tremembé), Olga Benário (Tremembé), Nova Esperança (São José dos Campos); Manoel Neto (Taubaté), Macuco (Pindamonhangaba) e Egídio Brunetto (Lagoinha).

Parte das vagas poderão ser preenchidas por agricultores/as familiares que possuem sitio próp rio e são agroflorestores/as, além de técnicos com atuação nos GTs da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba.

Confira os locais e datas das atividades de formação prática em Horta Agroflorestal:

Dias 06, 07 e 08 de outubro de 2023

Local: SÍTIO GUAJUVIRA, localizado noAssentamento Nova Esperança, em São José dos Campos - SP.

Dias 24, 25 e 26 de novembro de 2023

 Local: SÍTIO BEIJA FLORA, localizado no Assentamento Olga Benário, em Tremembé - SP. 

Para fevereiro ou março de 2024 

Local: SÍTIO ANACLETO ORGÂNICOS, localizado no Assentamento Con quista, em Tremembé - SP.

Para maio ou junho 2024 - Evento de encerramento do projeto e troca de experiências

Local: Pindamonhangaba - SP


ATENÇÃO!!! VAGAS LIMITADAS E GRATUITAS !

Fiquem atentos às redes sociais, pois logo, logo serão abertas as inscrições!!!

Equipe do projeto:

 Instrutores de sistemas agroflorestais: Altamir Bastos e Valdir Martins.

 

 Coordenação do Projeto: Tatiana Cabral                         Colaboração Técnica: Antonio De vide.

Mulheres Agricultoras que coordenam os trabalhos nos sítios   parceiros que serão sede dos locais de implantação da horta agroflorestal e teinamento (Unidades de pesquisa participativa).

Thais Rodrigues, Maria do Carmo e Janaína Cristina


Realização:                                                                                  Apoio:

Revisão e adaptação para o blog: Antonio Devide - pesquisador da APTA Regional de Pindamonhangaba