Autora: Renata Egydio C.C. Manço.
Em 2019, fotografando e ajudando nos relatórios do Projeto FAPESP 2018/17044-4 que estava sendo desenvolvido o Vale do Paraíba, sob o título - Avaliação de Crescimento e Produção de Espécies Florestais Nativas e Culturas Usando Modelos 3-PG e YieldSafe, coordenado pela Prof.ª Dra. Maria Teresa V. N Abdo, conheci as agroflorestas do Vale e a REDE AGROFLORESTAL. Me apaixonei pelos Sistemas Agroflorestais (SAF). Minha frase predileta é: A AGROFLORESTA É A MAIS SUSTENTÁVEL DE TODOS OS CULTIVOS.
Rabisquei um projeto e fui tentar fazer um doutorado (terceira tentativa) na Universidade de Araraquara (UNIARA), por possuir um Programa em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, multidisciplinar e aceitar uma jornalista estudando SAF. Tenho como orientador o Prof. Dr. José Maria Gusman Ferraz e coorientadora a Dra. Maria Teresa, a grande incentivadora desse projeto.
Orgulhosíssima por nascer e
estar novamente vivendo num "Vale Agroflorestal", diferente de todas as outras
regiões desse País, queria conhecer melhor os SAF, os agrofloresteiros, os
cultivos, o que mudou na vida dos agricultores e agricultoras que mudaram para esse tipo de
cultivo e a partir dessa transição, identificar os serviços ecossistêmicos
gerados, visando sugerir políticas públicas com vista ao fortalecimento da
agricultura familiar, segurança alimentar e segurança hídrica, resgatados pela
preservação e incentivo de plantio de espécies da Mata Atlântica nos sistemas
de cultivo local.
Para essa pesquisa
vou utilizar os dados do Questionário do Plano de Ação da Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba (2021), elaborado com apoio do WRI, para
caracterizar e mostrar a evolução dos SAF no Vale e fazer uma linha do tempo
de 2011 até 2021, com ajuda de fotos de satélite e dos mapas da rede MapBioma
de Mapeamento.
Além disso, como o projeto FAPESP 2018/17044-4 ajudou com insumos 35 agricultores que estavam implantando SAF durante a pandemia de Covid-19, esses atores fazem parte do meu “universo amostral” para aprofundar minhas pesquisas. Em São Luiz do Paraitinga, serão abordados 12 pequenos proprietários rurais que utilizaram como técnica de reflorestamento o plantio direto de mudas e tiveram acompanhamento e capacitação da SIMA - Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente ppor meio do Projeto Conexão Mata Atlântica. Em Lagoinha, serão entrevistados 15 agricultores do Assentamento Egídio Brunetto que usaram a técnica da muvuca de sementes para a formação dos SAF, com o auxílio da Rede Agroflorestal e, em Cunha serão 8 agricultores que fazem parte da Associação de Produtores de Cunha (APAC) que foram preparados e acompanhados pela OSCIP SerrAcima para a transição agroecológica, e fizeram plantio direto de mudas em encostas de morros.
Essa pesquisa
tem três vertentes: o estudo dos
Serviços Ecossistêmicos (SE) em Sistemas Agroflorestais (SAFs) e o Pagamento
por Serviços Ambientais (PSA); O resgate cultural, onde será pesquisado a utilização
da produção dos SAFs implantados nas três cidades na alimentação, na
comercialização e beneficiamento e, será avaliada as percepções dos
agricultores frente a todas as mudanças ocorridas nessa transição
agroecológica.
Equipe do projeto na APTA Vale do Paraíba em Pindamonhangaba - SP (2022).
Para fazer
todas as análises elaborei dois roteiros de entrevistas, um para os 35
agricultores e o outro para os técnicos que acompanharam o desenvolvimento dos
SAFs. Com as respostas dessas entrevistas e os dados liberados pela Rede Agroflorestal e pelo Projeto Conexão Mata Atlântica muitas análises serão
feitas, destacando a análise multivariada, que é uma técnica analítica que usa
informações de várias fontes, simultaneamente, para obter uma imagem mais
completa e mais otimizada do ambiente e mostrar a interdisciplinaridade existente
entre todas essas questões.
No final do trabalho e com os dados analisados a ideia é elaborar uma proposta de política pública municipal para o fluxo da produção dos SAFs e, um livro de receitas com produtos agroflorestais, da cultura local. Preciso da ajuda de vocês!!!!!
Renata Egydio C. C. Manço, autora da pesquisa é jornalista científica e trabalhou na assessoria de imprensa da CETESB e depois no Comitê de Bacias do Rio Paraíba do Sul. Em 2018 encontrou a Dra. Maria Teresa numa reunião do Comitê e logo começou a participar do projeto que ela coordenava no Vale do Paraíba.
Imagens: Renata Egydio e Antonio Devide
Revisão e edição para o blog: Antonio Devide - pesquisador da APTA Regional de Pindamonhangaba
Muito bom projeto
ResponderExcluirObrigado
ResponderExcluirBom dia!
ResponderExcluirPrezados, gostariamos de saber a respeito da possibilidade de realizarmos uma parceria entre a JGIM e a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba, nessa parceria o intuito seria que a nossa empresa, JGIM, realizasse posts completos e com autoridade a respeito do agroflorestal para alimentar o blog da SIAMA, em contrapartida a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba teria apenas de citar o nome da JGIM utilizando backlinks. Estamos visando a melhoria de nosso sistema SEO e queremos compartilhar nosso conhecimento técnico com mais pessoas.
Caso seja interessante, favor, contatar no número:
(11) 94333 - 6622
Abraços!