13 de fev. de 2014
PANCs na TV
Programa O Melhor do Brasil da Rede Record de Tv , com nosso amigo e colaborador Dr. Valdely Kinupp, sobre a utilização das PANCS ( plantas alimentícias não convencionais ) . Na feira de Osasco e tb falando de nosso processo de produção sustentável no Vale do Paraíba .
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4 de fev. de 2014
REGENERAÇÃO AGROFLORESTAL DE OLHO DÁGUA
Mutirão Agroflorestal
no Assentamento de Reforma Agrária Nova Esperança I, Vargem Grande, São José
dos Campos/SP
Data: 17/01/2014
Objetivo: Preparar agricultores familiares, profissionais de assistência técnica,
ensino, pesquisa e extensão rural para instalar e manejar sistemas
agroflorestais (SAFs) adotando a metodologia participativa de mutirão
agroflorestal.
Contexto local: a família da dona Diurene e do seo Gaminha habitam a
parte alta de uma microbacia onde tenta cultivar um pomar, parte perdida para o
fogo. A área mais baixa é alagada, tem uma nascente e um lago onde as crianças pescam;
na área ciliar há uma horta.
Escolha da área: 1) contenção da erosão do solo e proteção
do olho d’água. Devido à alta umidade do fundo do vale, há maior resiliência em
relação à área de topo (pomar), onde o fogo é feroz.
Problemas: o casal relatou que no assentamento só havia
toco de eucalipto, depois a terra foi arada e tomada pela braquiária, que
quando seca, queima.
O solo arenoso de fraca
estrutura e queimado, descoberto e exposto à enxurrada erode assoreando a
nascente.
Vista do SAF após o
plantio, ao fundo o lago.
Programação: oficina de implantação de SAF através de mutirão
agroflorestal, reunião de avaliação, informes e encaminhamentos para
organização do MST.
Breve resumo: O Mutirão Agroflorestal contou com 20 participantes
e consistiu do planejamento participativo e implantação de um SAF de 3.000m²
com linhas de
bananeiras alternadas inicialmente com canteiros de hortaliças e cota acima, em
solo exposto em terreno inclinado, com linhas de árvores madeiráveis de
diferentes estratos intercaladas com frutíferas.
As bananeiras BRS
Conquista e IAC 2001 (4x4m) foram divididas em duas quadras visando
multiplicação e distribuição de perfilhos aos assentados.
Nas entrelinhas foram
plantadas espécies florestais intercaladas com frutíferas, para formar um
sistema biodiverso multiestrato. Em todas as entrelinhas de bananeiras e entre
as linhas de milho se plantou adubação verde (guandu, mamona Preta, tefrósia,
sorgo).
Relação de espécies implantadas
no SAF biodiverso multiestrato:
Banana (4x4) com araruta e açafrão
Lado direito da área – banana Conquista
Lado esquerdo da área – banana IAC 2001
Arvores diversas (entre linhas da banana, na linha a cada 2 metros)
Abacate – 4
Acerola
Aldrago (adubadeira) – 10
Amendoin do campo -1
Anonácea – 2
Araçá boi – 3
Araçá do campo – 2
Araucária – 2
Balsamo – 4
Baru – 1
Cabeludinha - 1
Café – 7
Cássia
Castanha do maranhão (manguba) – 2
Dedaleiro – 4
Embaúba – 2
Goiaba - 15
Goiaba roxa -1
Guanandi – 50
Ingá - 2
Ipê – 2
Jabuticaba – 1
Jatobá
Manga – 1
Mogno – 20
Nêspera – 2
Oiti (adubadeira) – 6
Palmito da serra – 1
Pau-brasil – 2
Pitanga
Saboneteiro – 7
Sangra dágua
Santa Bárbara –
Sapucaia - 4
Sibipiruna – 2
Triplaris – 3
Urucum – 2
Uvaia – 1
Culturas anuais:
Milho (linha das árvores)
Mandioca (apenas para tirar ramas plantada na parte superior da área e na parte de baixo, açafrão no lugar da mandioca)
Açafrão
Culturas semi-perenes
Vinagreira
maracujá – mudas plantadas nos tocos das árvores queimadas.
Plantas adubadeiras:
Margaridão: na parte de cima onde o solo é mais seco foi plantado deitado e na parte baixa, em pé. A estaca em pé tem raízes mais profundas, porém até o total pegamento, a muda é frágil e qualquer esbarrão prejudica o pegamento, enquanto que a estaca deitada demora mais para brotar, porém apresenta número maior de brotações.
Banana (4x4) com araruta e açafrão
Lado direito da área – banana Conquista
Lado esquerdo da área – banana IAC 2001
Arvores diversas (entre linhas da banana, na linha a cada 2 metros)
Abacate – 4
Acerola
Aldrago (adubadeira) – 10
Amendoin do campo -1
Anonácea – 2
Araçá boi – 3
Araçá do campo – 2
Araucária – 2
Balsamo – 4
Baru – 1
Cabeludinha - 1
Café – 7
Cássia
Castanha do maranhão (manguba) – 2
Dedaleiro – 4
Embaúba – 2
Goiaba - 15
Goiaba roxa -1
Guanandi – 50
Ingá - 2
Ipê – 2
Jabuticaba – 1
Jatobá
Manga – 1
Mogno – 20
Nêspera – 2
Oiti (adubadeira) – 6
Palmito da serra – 1
Pau-brasil – 2
Pitanga
Saboneteiro – 7
Sangra dágua
Santa Bárbara –
Sapucaia - 4
Sibipiruna – 2
Triplaris – 3
Urucum – 2
Uvaia – 1
Culturas anuais:
Milho (linha das árvores)
Mandioca (apenas para tirar ramas plantada na parte superior da área e na parte de baixo, açafrão no lugar da mandioca)
Açafrão
Culturas semi-perenes
Vinagreira
maracujá – mudas plantadas nos tocos das árvores queimadas.
Plantas adubadeiras:
Margaridão: na parte de cima onde o solo é mais seco foi plantado deitado e na parte baixa, em pé. A estaca em pé tem raízes mais profundas, porém até o total pegamento, a muda é frágil e qualquer esbarrão prejudica o pegamento, enquanto que a estaca deitada demora mais para brotar, porém apresenta número maior de brotações.
Coquetel de adubação verde - feijão de porco, girassol, guandu, tefrósia, mamona, milho, crotalária
AVALIAÇÃO
O público do mutirão foi 30% menor em relação ao habitual. Para muitos, isso resultou em eficiência no processo, melhor organizado. Diurene e Gaminha estabeleceram um pré-desenho na área pré-coveada para a banana (cultura raiz) e souberam repassar isso no planejamento participativo. Para os próximos mutirões deve ser elaborado o croqui em papel pardo para ficar registrado e memória do módulo agroflorestal.
Confraternização.
Facilitador: Antonio C. P. Devide - pesquisador da
APTA
Fotos: Imagens cedidas por Silvia Cardinalle do IBS - Instituto Biosistêmico
Fotos: Imagens cedidas por Silvia Cardinalle do IBS - Instituto Biosistêmico
Relator:
Clóvis Oliveira-
pesquisador do Instituto de Botânica
Revisor: Antonio Devide (APTA)
REALIZAÇÃO:
PROJETO AGROQUINTAIS
AGROECOLOGIA NA ESCOLA
Figura 1: E.E. Milad, colheita de plantio feito pelos próprios alunos.
O QUE É?
O Projeto Agroquintais, vinculado ao programa Pinda Verde e patrocinado
pela empresa Tenaris CONFAB vem, desde 2009, desenvolvendo ações
voltadas a melhoria da qualidade de vida da população através do
incentivo ao cultivo agroecológico. Nas escolas, por meio do “Projeto
Agroquintais- Agroecologia na Escola” além da capacitação de jovens e
crianças para o resgate dessa atividade milenar que é a agricultura, nosso
objetivo tem sido utilizar a atividade de plantio como ferramenta de
motivação para a ressignificação dos conteúdos curriculares (PCNs) e
ainda como forma de sensibilizá-los para os impactos advindos das ações
antrópicas no planeta. Estamos hoje com parcerias em sete escolas da
rede pública onde os alunos tem tido a oportunidade de semear, cultivar,
colher e saborear alimentos integrais totalmente isentos de agroquímicos.
Durante nossos encontros semanais com os alunos exploramos os mais
diversos temas que dizem respeito a poluição, consumo consciente,
destinação de resíduos, cidadania entre tantos outros. Além da atividade
em si, são também desenvolvidas oficinas que nos permitem correlacionar
estes temas aos cultivos de forma prática.
O uso dos cultivos em escolas vem a cada dia se notabilizando pela
facilidade que oferece de enveredar pelos mais diversos temas
curriculares, pondo em prática justamente um dos gargalos do sistema
educacional que é ressignificar os conteúdos de forma a dar sentido a
eles. Sendo a agricultura a atividade humana mais antiga praticada pelo
homem, e o motivo pelo qual a humanidade deixou de vagar pelas
planícies em busca de alimentos, a atividade olerícola propicia tanto a
ilustração do homem ao longo da história, como também passeia
facilmente entre elementos das demais disciplinas como matemática,
física, química, português ou biologia. Esta flexibilidade ocorre devido aos
processos que encerra em si à partir da interação dos elementos terra,
água, ar e seres vivos. Enfim, a horticultura vem assumindo importância
nas escolas do mundo todo justamente por apresentar estas e muitas
outras possibilidades.
Além dos argumentos expostos o hábito de plantar traz em si a
possibilidade do re-encantamento: acrescentando o verde ao cinza
trazemos a vida, a esperança; são inúmeros os casos de pessoas que
praticam a jardinagem pelo bem estar que ela propicia.
Acima vê-se a construção de um desidratador solar, construído pelas crianças como forma de vivenciar um dos fatore mais básicos que orientam as plantações: os movimentos de rotação e translação do sol:
Da esquerda para a direita:
1) Conversando sob a árvore: o Brasil é um país tropical, alto índice de irradiação solar, energia!
2) Construindo um desidratador de frutas solar
3) O desidratador pronto
4) Degustando as frutas secas!
Por outro lado, vimos assistindo em nossa cidade um rápido crescimento:
ao mesmo tempo em que este crescimento representa mais empregos e
recursos para o município traz também as consequências do crescimento
desordenado. Assim, bairros que até pouco tempo possuíam
características rurais como Feital, Jardim Eloyna, Castolira, hoje abrigam
grandes contingentes que chegam de todos os lados em busca de
trabalho. Esse cenário junto a outros da era da globalização vem
ameaçando nosso patrimônio cultural. De que nos alimentávamos em
nossa cidade, de que forma esse alimento era preparado, em que
situações? As respostas a estas questões em breve talvez não saibamos
mais responder. Neste sentido, temos trabalhado também nas escolas
com o resgate das hortaliças não convencionais, espécies nativas que ao
longo do tempo tem sido esquecidas, de alto valor nutricional e bastante
saborosas; ainda são conhecidas e consumidas por poucas pessoas de
gerações mais velhas, que habitam as periferias, outrora áreas rurais.
Hoje estamos iniciando a oitava escola com a qual estabelecemos parceria
no município. Três delas municipais e as restantes estaduais.
Estabelecemos parceria com Diretoria Regional de Ensino, que nos ajuda
muito com a mediação entre professores e diretores, temos também bons
relacionamentos com a Secretaria Municipal de Educação.
Nossa metodologia de trabalho inclui encontros semanais,
preferencialmente no contra turno e sempre pedindo a escola parceira
que haja pelo menos um professor que acompanhe as atividades que
desenvolvemos. A maior dificuldade que temos hoje diz respeito a quebra
do vínculo das pessoas com a terra: esta não é das atividades mais
glamorosas, o trabalho com a enxada (muitas vezes sob o sol) enfrenta a
concorrência da internet, celulares e projetos de dança e esporte. Os
professores muitas vezes não conseguem visualizar a forma de religar
matemática com o crescimento das plantas...
Assim mesmo há aqueles que se encantam de ver uma semente germinar,
um pé de alface crescer, e, a hora campeã entre as crianças: a colheita.
Escolas onde estamos presentes:
1) Escola Estadual Prof.Antonio Aparecido Falcão – Jardim Eloyna
2)Escola Estadual Profª Célia Keiko Ikeda- Jardim Maricá
3) Escola Estadual Prof.Eloyna Salgado Ribeiro – Jardim Morumbi
4) Escola Estadual Profº Wadi Miladi
5) Escola Estadual Yolanda Bueno- Feital
6)REMEFI Elias Bargis- Araretama
7) REMEFI Ruth Romeiro Azevedo- Beta
8) REMEFI Maria aparecida de Souza Camargo- a se iniciar
Este projeto é desenvolvido por dois agrônomos, cuja trajetória sempre
esteve ligada a agroecologia; com a participação de um estudante de
biologia. Para que pudessem prestar este serviço a empresa Tenaris
CONFAB criaram a empresa “Plantae, Agroecologia e Sustentabilidade”,
que surgiu da com esta finalidade. Hoje a empresa procura outro
patrocinador para agregar ao trabalho dos cultivos agroecológicos a
educomunicação; acreditamos que esta ferramenta nos ajude a trazer
outros alunos não somente envolvidos na produção propriamente dita
mas registrando e divulgando na escola e na comunidade as experiências
e aprendizados dos canteiros (e por que não?), das famílias em seus
quintais. Acreditamos que com essa abordagem poderemos potencializar
o trabalho que vimos realizando.
Ana Cristina Salles de Aguiar
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Pindamonhangaba - SP, Brasil
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