Mutirão Agroflorestal
no Assentamento de Reforma Agrária Nova Esperança I, Vargem Grande, São José
dos Campos/SP
Data: 17/01/2014
Objetivo: Preparar agricultores familiares, profissionais de assistência técnica,
ensino, pesquisa e extensão rural para instalar e manejar sistemas
agroflorestais (SAFs) adotando a metodologia participativa de mutirão
agroflorestal.
Contexto local: a família da dona Diurene e do seo Gaminha habitam a
parte alta de uma microbacia onde tenta cultivar um pomar, parte perdida para o
fogo. A área mais baixa é alagada, tem uma nascente e um lago onde as crianças pescam;
na área ciliar há uma horta.
Escolha da área: 1) contenção da erosão do solo e proteção
do olho d’água. Devido à alta umidade do fundo do vale, há maior resiliência em
relação à área de topo (pomar), onde o fogo é feroz.
Problemas: o casal relatou que no assentamento só havia
toco de eucalipto, depois a terra foi arada e tomada pela braquiária, que
quando seca, queima.
O solo arenoso de fraca
estrutura e queimado, descoberto e exposto à enxurrada erode assoreando a
nascente.
Vista do SAF após o
plantio, ao fundo o lago.
Programação: oficina de implantação de SAF através de mutirão
agroflorestal, reunião de avaliação, informes e encaminhamentos para
organização do MST.
Breve resumo: O Mutirão Agroflorestal contou com 20 participantes
e consistiu do planejamento participativo e implantação de um SAF de 3.000m²
com linhas de
bananeiras alternadas inicialmente com canteiros de hortaliças e cota acima, em
solo exposto em terreno inclinado, com linhas de árvores madeiráveis de
diferentes estratos intercaladas com frutíferas.
As bananeiras BRS
Conquista e IAC 2001 (4x4m) foram divididas em duas quadras visando
multiplicação e distribuição de perfilhos aos assentados.
Nas entrelinhas foram
plantadas espécies florestais intercaladas com frutíferas, para formar um
sistema biodiverso multiestrato. Em todas as entrelinhas de bananeiras e entre
as linhas de milho se plantou adubação verde (guandu, mamona Preta, tefrósia,
sorgo).
Relação de espécies implantadas
no SAF biodiverso multiestrato:
Banana (4x4) com araruta e açafrão
Lado direito da área – banana Conquista
Lado esquerdo da área – banana IAC 2001
Arvores diversas (entre linhas da banana, na linha a cada 2 metros)
Abacate – 4
Acerola
Aldrago (adubadeira) – 10
Amendoin do campo -1
Anonácea – 2
Araçá boi – 3
Araçá do campo – 2
Araucária – 2
Balsamo – 4
Baru – 1
Cabeludinha - 1
Café – 7
Cássia
Castanha do maranhão (manguba) – 2
Dedaleiro – 4
Embaúba – 2
Goiaba - 15
Goiaba roxa -1
Guanandi – 50
Ingá - 2
Ipê – 2
Jabuticaba – 1
Jatobá
Manga – 1
Mogno – 20
Nêspera – 2
Oiti (adubadeira) – 6
Palmito da serra – 1
Pau-brasil – 2
Pitanga
Saboneteiro – 7
Sangra dágua
Santa Bárbara –
Sapucaia - 4
Sibipiruna – 2
Triplaris – 3
Urucum – 2
Uvaia – 1
Culturas anuais:
Milho (linha das árvores)
Mandioca (apenas para tirar ramas plantada na parte superior da área e na parte de baixo, açafrão no lugar da mandioca)
Açafrão
Culturas semi-perenes
Vinagreira
maracujá – mudas plantadas nos tocos das árvores queimadas.
Plantas adubadeiras:
Margaridão: na parte de cima onde o solo é mais seco foi plantado deitado e na parte baixa, em pé. A estaca em pé tem raízes mais profundas, porém até o total pegamento, a muda é frágil e qualquer esbarrão prejudica o pegamento, enquanto que a estaca deitada demora mais para brotar, porém apresenta número maior de brotações.
Banana (4x4) com araruta e açafrão
Lado direito da área – banana Conquista
Lado esquerdo da área – banana IAC 2001
Arvores diversas (entre linhas da banana, na linha a cada 2 metros)
Abacate – 4
Acerola
Aldrago (adubadeira) – 10
Amendoin do campo -1
Anonácea – 2
Araçá boi – 3
Araçá do campo – 2
Araucária – 2
Balsamo – 4
Baru – 1
Cabeludinha - 1
Café – 7
Cássia
Castanha do maranhão (manguba) – 2
Dedaleiro – 4
Embaúba – 2
Goiaba - 15
Goiaba roxa -1
Guanandi – 50
Ingá - 2
Ipê – 2
Jabuticaba – 1
Jatobá
Manga – 1
Mogno – 20
Nêspera – 2
Oiti (adubadeira) – 6
Palmito da serra – 1
Pau-brasil – 2
Pitanga
Saboneteiro – 7
Sangra dágua
Santa Bárbara –
Sapucaia - 4
Sibipiruna – 2
Triplaris – 3
Urucum – 2
Uvaia – 1
Culturas anuais:
Milho (linha das árvores)
Mandioca (apenas para tirar ramas plantada na parte superior da área e na parte de baixo, açafrão no lugar da mandioca)
Açafrão
Culturas semi-perenes
Vinagreira
maracujá – mudas plantadas nos tocos das árvores queimadas.
Plantas adubadeiras:
Margaridão: na parte de cima onde o solo é mais seco foi plantado deitado e na parte baixa, em pé. A estaca em pé tem raízes mais profundas, porém até o total pegamento, a muda é frágil e qualquer esbarrão prejudica o pegamento, enquanto que a estaca deitada demora mais para brotar, porém apresenta número maior de brotações.
Coquetel de adubação verde - feijão de porco, girassol, guandu, tefrósia, mamona, milho, crotalária
AVALIAÇÃO
O público do mutirão foi 30% menor em relação ao habitual. Para muitos, isso resultou em eficiência no processo, melhor organizado. Diurene e Gaminha estabeleceram um pré-desenho na área pré-coveada para a banana (cultura raiz) e souberam repassar isso no planejamento participativo. Para os próximos mutirões deve ser elaborado o croqui em papel pardo para ficar registrado e memória do módulo agroflorestal.
Confraternização.
Facilitador: Antonio C. P. Devide - pesquisador da
APTA
Fotos: Imagens cedidas por Silvia Cardinalle do IBS - Instituto Biosistêmico
Fotos: Imagens cedidas por Silvia Cardinalle do IBS - Instituto Biosistêmico
Relator:
Clóvis Oliveira-
pesquisador do Instituto de Botânica
Revisor: Antonio Devide (APTA)
REALIZAÇÃO:
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