4 de dez. de 2015

MEMÓRIAS DE ATIVIDADES DE NOVEMBRO-DEZEMBRO/2015


Oficina “COZINHANDO COM PANC”
Projeto “Saúde na FEIRA”
Data: 7/11/2015 Hora: 9:30h
Local: Mercatau, Feira de Produtos Agroecológicos
Objetivo: exaltar a segurança alimentar por meio do resgate e popularização do uso de PANC – plantas alimentícias não convencionais, para a alimentação saudável, em um dia de feira, valorizando os produtores e os produtos locais, onde os conhecimentos e as receitas sobre plantas e historias foram trocadas. 
Renata< Cristina e Ana, ao fundo, Mário, no Mercatau de Taubaté.

A Oficina “Cozinhando com PANC”, parte do Projeto Saúde na Feira, contou com a pesquisadora Cristina Castro (APTA/SAA), que explicou o trabalho de resgate e pesquisas de PANC usadas por nossos antepassados, muitas ricas em nutrientes e esquecidas em nossa dieta atual. 
Casa cheia prá aprender sobre PANC e degustar pratos especiais da chef Ana.
A Chef Ana Alice realizou uma oficina com essas plantas, preparou e ensinou deliciosos e saudáveis pratos para degustação, tais como: canapés de almeirão roxo com recheio de bertalha coração e bertalha comum enfeitados com pimenta rosa; lambari da horta empanado; bolo de ora pro nóbis com limão; geléia de gengibre; suco  de cálices de vinagreira com cravo.

A produtora rural Renta Outubo e o chef Mário Borges organizaram a atividade. Renata preparou um creme de  cará; pastinha de ricota com folhas e flores de capuchinha e calêndula; e pastinha de  ricota com nirá.
Tudo uma delícia!!!
chef Mário Luiz Borges e a barraca Orgânicos Quiririm com produtos agroflorestais
As receitas estão no facebook “Organicos de Quiririm”, sendo o trabalho organizado e coordenado pelos produtores Renata Outubo e Mário Luiz Borges.
Relato: Cristina Maria de Castro / APTA Vale do Paraíba

REALIZAÇÃO:
Orgânicos Quiririm
APTA Vale do Paraíba
Ana Alice - Personal Chef
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VISITA AOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS DO ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA MÁRIO LAGO, EM RIBEIRÃO PRETO/SP
Data: 19 e 20/11/2015 
Objetivo: conhecer novas experiências com SAF.
 
Comitiva do Vale chega a Ribeirão Preto/SP.
 Participantes: 45 pessoas abrangendo os 3 assentamentos de reforma agrária do Vale do Paraíba - Nova Esperança (São José dos Campos), Macuco (Taubaté) e Olga Benário (Tremembé),- técnicos da Escola Nacional do MST ‘Florestan Fernandes’, do IBS e pesquisador da APTA Vale do Paraíba.


Atividades: após recepção com café da manhã, houve explicações detalhadas do histórico do PDS, dos SAF e dos projetos locais. Seguimos visitas em 4 áreas, sendo 2 em reserva legal e 2 em lotes. Retornamos a sede, almoçamos e finalizamos com uma roda de discussão, troca de experiências e avaliação.

O Assentamento PDS Mario Lago: foi criado em 2003, tem 462 famílias com lotes de 1,5 ha em média. A criação foi condicionada a assinatura de um termo de ajustamento de conduta, entre o INCRA e a promotoria, para recuperação ambiental da área degradada pela usina de cana de açúcar que cultivava cana.
O PDS tem 35% de área de reserva contra os 20% normalmente exigidos por lei. A proposta é que os 15% a mais sejam explorados com SAF, produzindo alimentos a recuperando o ambiente. A cooperativa do PDS aprovou em 2011 o projeto PDRS (Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável), do governo do estado de São Paulo, visando instalar 80 módulos de SAF de 500 m2 de área de cada lote, ao mesmo tempo em que seria feita a recuperação de 40 hectares da área de reserva legal com SAF. Até o momento, foram implantados 45 módulos em lotes e 5 hectares na reserva legal.

Nelson Barba (MST/Cooperafloresta) explica os princípios do manejo do SAF, onde o capim mombaça é roçado com trator e o ciscador já joga os resíduos como cobertura morta nos canteiros.
O diferencial dos SAF implantados no Vale do Paraíba é que a produção de hortaliças é integrada, os solos recebem boa adubação e o preparado mecanizado, irrigação por gotejamento, para a produção de hortaliças em curto prazo.
Preparo do solo e adubação: cada módulo de 500 m2 recebeu adubação - 40 kg de termofosfato yoorim, 50 kg de calcário dolomítico e 2.000 kg de esterco de galinha. O preparo consistiu de aração profunda e gradagem, sendo os adubos incorporados com enxada rotativa com encanteirador. O relevo plano e o tipo de solo (latossolo roxo) permitiram o preparo intensivo, sendo o risco de erosão diminuído em função do manejo do SAF garantir a rápida cobertura do solo com cobertura morta e diversidade de cultivos. Antes do preparo, áreas do entorno foram roçadas e o material vegetal seco separado, utilizado como cobertura morta. Ou seja, a massa vegetal não foi incorporada e serviu de proteção do solo contra rebrota do mato, mantendo a umidade evitando erosão.
Agricultor apresenta os canteiros de SAF com bananeiras intercalado com faixas de hortaliças.
Culturas e plantio: o sistema padrão implantado consiste de canteiros com uma linha central de bananeiras para adubação alternadas com eucalipto para madeira, adubação verde (feijão guandu) intercalada com mandioca e gliricídia (árvore plantada de estaca para poda). Associaram-se diversas hortaliças no mesmo canteiro. A área de 500 m2 demandou 15 bandejas de 200 mudas de hortaliças diversas, plantadas todas de uma vez só. Ex.: rabanete + rúcula + alface + tomate + berinjela + brócolos, sendo a colheita escalonada no tempo. No caso dos módulos na reserva legal, foram introduzidas espécies arbóreas nativas ao invés do eucalipto.
Explicação prática do manejo do tronco da bananeira para adubação verde dos canteiros de hortaliças. O pseudocaule da bananeira também ajuda a manter o solo coberto com umidade e sem a necessidade de capina.
Irrigação: irrigação por gotejo, por gravidade, sem a necessidade de bomba, bastando à caixa d’água situar-se a 2 metros de altura acima do nível do solo. Em alguns módulos são utilizadas fita de gotejo furada a lazer, que produz uma névoa de água e molha 1,5 metros pra cada lado; nesse caso, necessita de bomba de baixa potência.
Manejo: as bananeiras são podadas até 4 vezes por ano e, dependendo do interesse do beneficiário, pode ser utilizada para adubar as hortaliças e não produzir frutos.
Quebra-vento: cada módulo é protegido com faixa de bordadura com algum tipo de capim de porte alto, tal como o napier ou leguminosas para adubação verde, para proteger o SAF do vendo e reduzir a evapotranspiração e o consumo de irrigação.
Custos e retorno: a implantação de cada módulo de 500 m² custa cerca de R$1.800 reais, incluindo adubos, sementes, mudas, irrigação e horas máquina do preparo do solo. O Retorno estimado é de R$4.500 reais em 3 meses, exclusivamente com a produção de hortaliças.
Técnicos responsáveis: Nelson Barba (MST/Cooperafloresta) e IBS.
Relator: Ceceo Chaves – IBS
Revisão: Antonio Devide / APTA
Imagens: Jô e Ceceo
Informações: https://www.facebook.com/olgabenariotbe/photos/pcb.495966010581257/495964920581366/?type=3&theater

REALIZAÇÃO:
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Escola Nacional Florestan Fernandes
IBS – Instituto Biosistêmico
Apta – Polo Vale do Paraíba
Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba
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Curso SISTEMAS AGROECOLÓGICOS DE PRODUÇÃO: RECONECTANDO O HOMEM AO AMBIENTE

 

Data: 2 e 3/12/2015

Local: Polo APTA Vale do Paraíba, Pindamonhangaba/SP

 

Participantes: 20 assentados de reforma agrária de São José dos Campos, Tremembé e Taubaté, técnico do IBS – Instituto BioSistêmico.


Saf Olho dágua que foi manejado.

 Objetivo: apresentar as pesquisas sobre sistemas de produção de base agroecológica, ênfase em Sistemas Agroflorestais, plantas alimentícias não convencionais (PANC) e horticultura orgânica; estudar a paisagem.

 

Sistemas: 1. sistemas agroflorestais; 2. milho crioulo branco ‘Canjiquinha de Cunha’ associado nas entrelinhas com Crotalária juncea para adubação verde; 3. cultivo associado de mandioca de mesa, quiabeiro, adubação verde de feijão de porco em aléias com guandu e frutas nativas (araçá e romã); adubação verde de crotalária, mucunã preta, labe-labe e sorgo vassoura Tietê.

 

Mutirões:

Capina da adubação verde de feijão de porco com mandioca de mesa e quiabo em consórcio, com aléias de guandu. A mandioca (mandi) cultivada IAC 6-01 ‘Ouro’ e IAC 576-70 ‘Amarelinha’ foram plantadas em talhões separados, em linhas espaçadas a cada 2m, recebendo a um metro de distância uma linha de quiabo (Qui) de árvore ou quiabeiro comum; sendo a linha central de feijão de porco (FP) que foi cortada.

Linhas espaçadas a 1m: FP 1m Quiabo 1m Mandioca 1m Quiabo 1m FP

 

Manejo de SAF de 2013 – replantio de bananeiras associadas com mandioca, quiabo, feijão miúdo e feijão de porco (na faixa); entre-faixa com cana, adubação verde (sorgo vassoura Tietê + crotalária + guandu) e araruta (comum, Guadalupe e ovo de pata) ou açafrão.

 
Agricultores realizam o manejo de replantio e enriquecimento do SAF.

Realização: IBS Instituto BioSistêmico e APTA Vale do Paraíba

Relato: Antonio Devide 
Imagens:


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