4 de fev. de 2022

MUTIRÃO NO SÍTIO BENVINDA CONATTI, ASSENTAMENTO CONQUISTA DE TREMEMBÉ - SP

Relato na Unidade Demostrativa Agroecológica – Sítio Benvinda Conatti, no Projeto de Assentamento Conquista em Tremembé da companheira Deise Alves.

Por: 

José Miguel Garrido Quevedo, Perito Federal Agrário do INCRA SP

Thiago Monaco, Engenheiro Agrônomo do Instituto Auá.

 

Capricho é o sentimento que ficou na vivência em mutirão conduzidos pelos técnicos Thiago Monaco, Mathias Silva Ribeiro e Pedro Antonio Silva Ribeiro do Instituto Auá – no lote 28 do PA Conquista.

A chuva que despencou pela manhã não desanimou os participantes Heloisa, Luciana, Dona Ivone, Janaina e seu marido Nino, seu irmão Bruno do Conquista e o menino Guilherme do PA Olga Benário a instalarem esta unidade demonstrativa.


O Projeto do Instituto Auá de Empreendedorismo Ambiental no PA Conquista está atendendo 14 famílias e visa instalar Sistemas Agroflorestais com ênfase na  Restauração mas também com foco nos citros, lichia e frutíferas nativas como uvaia, cambuci, grumixama, cereja do rio grande, jabuticaba, e as nativas madeireira guanandi, louro pardo, ipês, mognos e eucalipto. O Projeto foi financiado pelo Banco do Brasil e está fornecendo Yoorin Ekosil, calcário, farinha de osso, composto pró-vaso, e os adubos nitrogenados torta de mamona e N organ e as sementes de adubo verde feijão de porco, feijão guandu, crotalária, nabo forrageiro e girassol.

Nas palavras da Janaina Anacleto: ¨ Estes Safs que estão sendo conduzidos pelo nosso grupo avançaram na proposta anterior da APTA pois dão ênfase a uma “restauração produtiva” além de estar dando oportunidade a mais pessoas do nosso assentamento participar e aprender com o técnico Thiago e entre nós mesmos”.

O desenho do Sistema Agroflorestal proposto foi o seguinte:

4 linhas de plantios com espaçamento de 4 metros.

Na primeira linha, de remanescente de uma linha de feijão guandu foi introduzido a linha de nativa e frutífera com ênfase na uvaia e como planta de serviço a banana. O espaçamento entre as mudas de uvaia foi de 4 metros, o mesmo entre as mudas de banana. Entre as mudas foram plantadas em mini covetas as sementes de guandu, girasol e milho e do lato de fora desta linha contínua semeado sementes de nabo forrageiro e crotalária.

 

Da mesma forma foi constituída a última linha deste saf.

A segunda e terceira linhas foi destinado as plantas de serviço, mudas de urucum e estacas de gliricidia. com espaçamento  a cada três metros de forma intercalada. No intervalo entre as mudas foi semeado sementes de milho, feijão guandu e girassol a cada metro e sementes de feijão de porco a cada 0,5 metro.

Todo o serviço foi coberto com a braquiária roçada e amontoada nas linhas das plantas.

 

A proposta de sucessão deste Sistema Agroflorestal é o seguinte:

Primeiro a Colheita comercial: Colheita de milho, seguido da colheita de feijão de porco, depois vem a colheita das sementes de feijão guandú e por fim a colheita da banana. A previsão de colheita da uvaia é de 4 a 5 anos. Ainda foram introduzidas algumas mudas de caja-manga, que exercerão o papel da emergente tardia.

 

Quanto a sucessão na produção primária das nativas e adubos verdes é o seguinte:

Primeiro o Nabo forrageiro e a Crotalária, depois vem o feijão Guandú, seguido da banana e gliricídia como árvores de serviço, finalizando com a maturação do urucum e canafístula e por último o ingá.

  

   


Adaptação para o blog:

Antonio Devide - Pesquisador da APTA Polo Vale do Paraíba


3 comentários:

  1. Girassol e muito lindo,povo vai debrulhar fejao hehe

    ResponderExcluir
  2. Parabéns pessoal, pela iniciativa e belíssimo trabalho, que sirva de inspiração para outros serviços como esse, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. E um beijo especial para o Mathias!!

    ResponderExcluir