Relato na Unidade Demostrativa Agroecológica – Sítio Benvinda Conatti, no Projeto de Assentamento Conquista em Tremembé da companheira Deise Alves.
Por:
José Miguel Garrido Quevedo, Perito
Federal Agrário do INCRA SP
Thiago Monaco, Engenheiro Agrônomo do Instituto
Auá.
Capricho é o sentimento que ficou na
vivência em mutirão conduzidos pelos técnicos Thiago Monaco, Mathias Silva
Ribeiro e Pedro Antonio Silva Ribeiro do Instituto Auá – no lote 28 do PA
Conquista.
A chuva que despencou pela manhã não desanimou os participantes Heloisa, Luciana, Dona Ivone, Janaina e seu marido Nino, seu irmão Bruno do Conquista e o menino Guilherme do PA Olga Benário a instalarem esta unidade demonstrativa.
O Projeto do Instituto Auá de Empreendedorismo Ambiental no PA Conquista está atendendo 14 famílias e visa instalar Sistemas Agroflorestais com ênfase na Restauração mas também com foco nos citros, lichia e frutíferas nativas como uvaia, cambuci, grumixama, cereja do rio grande, jabuticaba, e as nativas madeireira guanandi, louro pardo, ipês, mognos e eucalipto. O Projeto foi financiado pelo Banco do Brasil e está fornecendo Yoorin Ekosil, calcário, farinha de osso, composto pró-vaso, e os adubos nitrogenados torta de mamona e N organ e as sementes de adubo verde feijão de porco, feijão guandu, crotalária, nabo forrageiro e girassol.
Nas palavras da Janaina Anacleto: ¨ Estes
Safs que estão sendo conduzidos pelo nosso grupo avançaram na proposta anterior
da APTA pois dão ênfase a uma “restauração produtiva” além de estar dando
oportunidade a mais pessoas do nosso assentamento participar e aprender com o
técnico Thiago e entre nós mesmos”.
O desenho do Sistema Agroflorestal
proposto foi o seguinte:
4 linhas de plantios com espaçamento de 4
metros.
Na primeira linha, de remanescente de uma
linha de feijão guandu foi introduzido a linha de nativa e frutífera com ênfase
na uvaia e como planta de serviço a banana. O espaçamento entre as mudas de
uvaia foi de 4 metros, o mesmo entre as mudas de banana. Entre as mudas foram
plantadas em mini covetas as sementes de guandu, girasol e milho e do lato de
fora desta linha contínua semeado sementes de nabo forrageiro e crotalária.
Da mesma forma foi constituída a última
linha deste saf.
A segunda e terceira linhas foi destinado
as plantas de serviço, mudas de urucum e estacas de gliricidia. com
espaçamento a cada três metros de forma
intercalada. No intervalo entre as mudas foi semeado sementes de milho, feijão
guandu e girassol a cada metro e sementes de feijão de porco a cada 0,5 metro.
Todo o serviço foi coberto com a
braquiária roçada e amontoada nas linhas das plantas.
A proposta de sucessão deste Sistema
Agroflorestal é o seguinte:
Primeiro a Colheita comercial: Colheita
de milho, seguido da colheita de feijão de porco, depois vem a colheita das
sementes de feijão guandú e por fim a colheita da banana. A previsão de
colheita da uvaia é de 4 a 5 anos. Ainda foram introduzidas algumas mudas de
caja-manga, que exercerão o papel da emergente tardia.
Quanto a sucessão na produção primária
das nativas e adubos verdes é o seguinte:
Primeiro o Nabo forrageiro e a
Crotalária, depois vem o feijão Guandú, seguido da banana e gliricídia como
árvores de serviço, finalizando com a maturação do urucum e canafístula e por
último o ingá.
Adaptação para o blog:
Antonio Devide - Pesquisador da APTA Polo Vale do Paraíba
Girassol e muito lindo,povo vai debrulhar fejao hehe
ResponderExcluirParabéns pessoal, pela iniciativa e belíssimo trabalho, que sirva de inspiração para outros serviços como esse, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. E um beijo especial para o Mathias!!
ResponderExcluirParabéns. Sucesso
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