9 de jan. de 2022

DESAFIOS PARA UMA CONVIVÊNCIA HARMONIOSA COM A FAUNA VISITANTE NOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS

Os SAF como ilhas de biodiversidade na matriz de pastagens do Vale do Paraíba fornecem serviços ecossistêmicos para a fauna com recursos alimentares e abrigo. 

Como compensar os danos nas lavouras por ataques da fauna?

Restaurar a Mata Atlântica modificaria a matriz da paisagem, mas reduziria esse problema?

Ultimamente tem gerado reflexão sobre os desafios de produzir alimentos nas diferentes situações agroecológicas da Mata Atlântica (Figura 1). 

Figura 1. Convivência inteligente na produção agrícola em SAF que melhoram a paisagem, regeneram os solos e funcionam como ilhas de diversidade. Fonte: Juliano Hojah (Paraibuna - SP)

Na lista da fauna que visita e danifica as áreas de cultivo destacam-se: javali, lebrão, maritaca, jacu, caramujo africano e abelhas Apis melifera africana. De todos estes, apenas a maritaca e o jacu são nativos. É importante identificar corretamente os animais para não piorar o equilíbrio biológico.

Se faltam os predadores que trariam o equilíbrio para essas populações, os desequilíbrios tendem a aumentar. 

Assim sendo, como garantir a produção de alimentos (Figura 2), promover o equilíbrio biológico e reduzir os danos se a cadeia alimentar não está completa?

Figura 2. Horta agroflorestal na Serra da Mantiqueira (Itajubá - MG). Fonte: Bruno Almeida.

E qual mobilização fazer enquanto Rede Agroflorestal no sentido de contribuir para a melhoria do equilíbrio?


Conflitos e soluções apontadas por membros da Rede Agroflorestal

O problema do caramujo africano (Achatina fulicola)

Renato Portela relata que meados dos anos 90, fez um curso de criação do caramujo africano no Parque da Água Branca (São Paulo/capital),  quando ainda era novidade e lá mesmo adquiriu matrizes e começou a criação em viveiros apropriados com contenção de telas.

A criação foi muito bem, mas na primeira degustação eu detestei o cheiro e sabor e dei uma relaxada na manutenção enquanto procurava um interessado para repassar. O resultado foi uma tremenda infestação, que eu não tinha ideia de como combater. Eu consegui exterminar tudo com o controle dos lagartos e principalmente os gambás, lembrando que o caramujo tem hábitos noturnos.

Tamara Regina da Cruz da Fazenda Mundo Bom, em Cunha-SP, relata que os patos também comem os caramujos e os patos são uma boa opção para diversificar a produção animal da unidade familiar de produção.

Ana Lúcia verificou em Ubatuba que: 

Com relação ao caramujo, reparei que ele fica mais forte na área urbana. Talvez, porque não gosta de umidade na terra e as cidades são mais propensas às ilhas de calor. Aqui na minha região eles chegaram nos entulhos que trouxeram para a rua de terra. Como chove muito, eles tendem a subir no muro. Coletei, fiz nosodio (medicamento homeopático preparado a partir de amostras patológicas de animais ou vegetais) e eles sumiram. Mas eram bem poucos. Ana Lúcia Martins (Ubatuba)

Entretanto, é importante identificar a espécie de caramujo corretamente, pois a eliminação do caracol gigante nativo brasileiro (Megalobulimus sp.), também conhecido por aruá-do-mato, considerado 'vulnerável' com risco de extinção devido à destruição da Mata Atlântica, seu habitat original, implica em desequilíbrio ecológico e impacto na população de moluscos brasileiros.


Figura 3.  Diferenças entre o caramujo africano e o já raro caramujo gigante nativo brasileiro. Fonte: https://dourado.sp.gov.br/noticia/print-noticia/1212/combate-do-caramujo-africano/

As abelhas Apis sp. x melipônias nativas

Bruno Franzin (São Luiz do Paraitinga) alerta sobre o impacto das abelhas exóticas com ferrão na competição por recursos alimentares (néctar e pólen) com as abelhas nativas, na competição por ocos em árvores nas matas para construção dos ninhos e não menos importante é o risco de ataque das abelhas exóticas em pessoas e animais, comportamento exclusivo das abelhas africanas.

Figura 4. Ninho de abelha melipônia. Fonte: Bruno Zanin.

A importância da criação das abelhas nativas sem ferrão (Figura 4) traz um retorno positivo ambientalmente , conservando as espécies de abelhas e ajudando na polinização da vegetação nativa. Os produtos que elas oferecem são incríveis, tem também o aspecto financeiro e a satisfação/realização pessoal de trabalhar com as abelhas nativas sem a necessidade de muitas roupas especiais e sem oferecer nenhum perigo para vidas animais e humanas. (Bruno Franzin)

Os problemas do javalí/javaporco (Sus scrofa) e da lebre europeia (Lepus europaeus)

Na Serra da Mantiqueira, Vinícius Pontello (Gonçalves - SP) e Jonas Santos (Sapucaí Mirim - MG), registram os muitos desafios para implantar qualquer tipo de sistema ou cultura devido à difícil convivência com a superpopulação de lebrão (Figura 5) e javali (Figura 6), na ausência de predadores desses animais exóticos.

Figura 5. Lebrão é problema na Serra da Mantiqueira. Fonte: Instituto Ambiental do Paraná

Figura 6. Javali já é considerado problema em boa parte do Brasil e tem sua caça liberada. Fonte: https://www.worldanimalprotection.org.br/blogs/por-que-javalis-sao-so-desculpa-para-liberar-caca

O lebrão é nativo da Europa, introduzido na Argentina e Chile para a caça esportiva e chegando ao Brasil na década de 1950 por meio da fronteira com Uruguai. Os javalis tornaram-se um problema nacional na década de 1990, quando produtores rurais soltaram suas criações no campo. Sem predadores, essas espécies se proliferaram e tornaram-se um perigo para a produção e no caso dos javalis, também para os humanos e criações animais. Estudos revelam que os predadores são o cachorro do mato, jaguatirica, gato mourisco, lobo guará e , no caso dos javalis, a onça-parda. 

Segundo Jonas, primeiro "sanaram" o problema dos javalis com cerca elétrica, mas ainda sim correram um grande risco em cada implantação de SAF e/ou lavoura com a perda de variedades de sementes crioulas no ano de 2021, por exemplo, além do prejuízo financeiro.

Na última primavera, tiveram perdas de 100% em algumas lavouras devido ao ataque da lebre europeia (lebrão). Começam o ano de 2022 com desafios econômicos para solucionar e também muitas horas de reflexão sobre o futuro, em relação a resolver a questão das lebres.

"Talvez estejamos no momento de gerar conhecimento nesse sentido, políticas públicas no controle de fauna exótica e começar o debate. E assim em conjunto com desenvolvimento das técnicas, metodologias e afins na implantação e manejo dos alimentos tenhamos formas de proteger tudo isso." (Jonas Santos)

Matheus Santaella (São José dos Campos), pretende testar urina de vaca, pois também perdeu toda lavoura de berinjela para a lebre. 

Tentei uma arapuca, mas não deu certo. Pimenta também não deu certo. Matheus Moretti - GC Ecoforte orientou que usa-se a primeira urina da manhã (rebanho bovino)... Conseguimos coletar aqui mesmo e vou testar nos poucos pés que sobraram. (Matheus Santaella)

Laura Breda questiona se é possível testar cães para afastar/caçar as lebres. 

Sofremos muito com o estrago que as lebres faziam em nossas hortaliças. Conseguimos espantá-las usando cabelo de gente em sacos de laranja ou cebola. O chato era a catança nos cabeleireiros da cidade. Mas deu certo! (Ana Lucia Martins)

Leandro Braz Camillo - técnico do projeto Conexão Mata Atlântica/APA - São Francisco Xavier atesta que os resultados com cabelo humano são positivos.

Ana Salles Aguiar (Aparecida) (Figura 7), explica que também pode utilizar pelo de cachorro, fazendo umas trouxas, mas alerta que tem que ser sem lavar os pelos. Thales Guedes Ferreira (Cruzeiro), relata que já usou pelos de cachorro e que deu certo e acha que urina dos cachorros, talvez, também dê resultado. 

Figura 7. Integração dos SAF com aquicultura e áreas ciliares preservadas no Sítio Terra de Santa Cruz, Roseira-SP. Fonte: Google Earth.


O problema das aves nativas

No Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba, no sopé da Serra da Mantiqueira, área bem protegida e com muitos remanescentes de Mata Atlântica, Gisele Vieira que mantêm 80% da área da Fazenda recoberta com vegetação nativa relata que o javali e o porco do mato são os maiores problemas para os cultivos. As aves maritaca (Pionius sp.) e jacu (Penelope sp.) são problemas, principalmente, para frutas (mamão, abacate, juçara) e hortaliças (Figuras 8, 9 e 10). 

Figura 8. Maritaca é o nome popular de uma ave que vive em bandos e também ocuparam as cidades. Fonte: Revista Vitrine OnLine 
(http://revistavitrineibiuna.com.br/?p=22035).


Figura 9. Jacu é o nome popular de um pássaro que também vive em bandos. Fonte: Pousada do Gian (https://youtu.be/PvLXlIgHBjw).




Figura 10. Danos por forrageamento de aves em hortaliças em Paraibuna. Fonte: Juliano Hojah.

Juliano Hojah (Natividade da Serra) relata que o espantalho e pendurar CDs usados, de forma que fiquem girando, ajudou bastante a espantar as aves nos cultivo (Figura 11).

Moatã Pinhal (Mogi das Cruzes) relata que uma vez pegou um jacu na arapuca, depois que as aves destruíram dois lotes de couve/brócolis e repolho. Ressalta que naquela época estava passando por dificuldades financeiras e nada adiantava (CD, espantalho...). 

Figura 11. Espantalhos e CD pendurados ajudam a espantar as aves em Paraibuna. Fonte: Juliano Hojah

Enfim, eu vivia só disso, não tinha outra renda, acho que vocês sabem o sentimento que é ver teu trabalho ser comido num sistema capitalista. Os bichos ficavam esperando eu sair do talhão prá invadir...😂. Era prá rir se eu não fosse chorar... Quando o capturei (jacu), não o matei, chacoalhei como dando bronca... ele urrava aquele som que o jacu faz... ele tava com medo e os amigos deles todos vendo/ouvindo... O Soltei mais tarde, sem machucados, apenas um susto. Só posso dizer que eles não voltaram a me incomodar mais naquela temporada e quando me viam, iam prá longe. Afinal, ele só parece ser um Jacu... Não me orgulho, sou bicho homem, o tempo todo busco reavaliar minha existência... 

Enfim só pra pensar no caipira que ia na cidade só para comprar sal e uma caixa de fósforo (livro: Os parceiros do Rio Bonito, estudos sobre o caipira paulista). E não o que vivia com fome por mudar seu modelo tradicional de produção para atender o mercado (livro de Josué de Castro que fala da geografia da fome no Brasil).

(Precisamos) voltar a ser ilha de agricultura e não ilha de biodiversidade... (Moatã Pinhal)

Julia Trommner (São Tomé das Letras) relata que a maritaca destruiu a rede elétrica da casa e Francisco Zanin (São Luiz do Paraitinga) explica como resolveu o problema ao tampar o vão entre a parede e as telhas com espuma de colchão velho ou espuma expansiva. Já Antonio Devide (Pindamonhangaba) utilizou pedras pouco maiores que o vão das telhas, posicionando-as por dentro do vão, entre o forro de madeira e a telha.


Convivência harmoniosa na biogeografia de ilhas

Estamos no Planeta Terra a serviço do Criador e tudo na sua obra merece atenção!

Valdir Nascimento (MST) do Sítio Beija Flora, no assentamento de reforma agrária Olga Benário (Tremembé) registra que antigamente a área do assentamento tinha eucalipto e a fauna praticamente inexistia.

Hoje, com fragmentos de florestas nativas, APPs (áreas de preservação permanente) protegidas e em regeneração natural, SAFs implantados, temos a volta de muito da fauna da região e inevitavelmente o conflito por recursos... gaviões, ariranhas, teiús, quatis, cães abandonados... atacam galinhas, ovos e pintainhos... lebre, capivara nas roças... gralha, maritacas, periquitos, jacus... o milho e frutas pequenas... Já não tentamos afugentá-los e muito menos expulsá-los. O segredo... tem sido produzir prá nós e prá eles. Em troca eles nos oferecem o atrativo de observá-los. É animador quando o nosso trabalho contribui para alimentar a fauna no entorno. Temos recebido a visita do (lobo) Guará que as vezes vem buscar umas galinhas. Valdir Nascimento

Janaína Anacleto - Sítio Anacleto, do assentamento de reforma agrária Conquista (Tremembé), registra que: esse é o caminho, muito embora estamos falando de produzir e gerar recursos, às vezes a gente se aborrece por ter investido tempo e dinheiro numa área e não ter produção, mas...  pensamos também que produção agroecológica é isso e (também) fazer parte, não ser donos do sistema, se não nos pertence, pertence a todos, inclusive e ainda mais aos animais (Figura 12).

Figura 12. Sítio Anacleto (Dez./2021), Janaína Anacleto apresenta seus parceiros na semeadura de diversos tratamentos de muvuca de sementes florestais em um hectare de área, integrando os SAF e a restauração de mata ciliar (apoio: Caminhos da Semente, Agroícone, Instituto Socioambiental, TNC). Fonte: https://www.instagram.com/p/CXiaWNxrvJf/

Janaína relata que com o começo dos SAF a cerca de 2 anos, já começaram a aparecer 🐒 saguis (Callithrix sp.): nós estamos apaixonados e em troca, além da beleza, trazem as fezes cheias de (sementes) nativas.

Alda Santos do assentamento de reforma agrária (MST) Egídio Brunetto (Lagoinha) (Figura 13), relata que: 

...no nosso sítio tem mata prá todos os lados, além de deixar um corredor de 4 metros para passagem dos amigos animais.  

Plantamos muitas frutíferas tradicionais e frutíferas nativas, não tenho escoramento da produção nem tem muita produção no SAF de 4 anos. Mas o pouco que tem, divido com meus companheiros e companheiras do assentamento e com os amigos animais. 

Verifiquei que os pássaros consomem muitas sementes  e quando não têm nem fruta nem sementes eles comem o milho porque a mata ao redor do sítio é muito pobre em frutíferas. Então resolvi neste ano 2022 plantar dentro da mata alguns pés de café, cacau, pêssego, uvaia, peludinha, coquinho açaí e outros que conseguir. Na verdade tenho uvaia e pêssego.

Figura 13. Alda Santos e seus familiares que trabalham no SAF, na ocasião da entrevista para o Plano de Ação da Rede Agroflorestal. Fonte: Anna Cláudia Leite.

Tamara Cunha, de Cunha-SP, registra que a convivência com a fauna é possível: 
A única resposta que eu tenho, que praticamos aqui no nosso SAF em Cunha, é plantar sempre a mais. Plantamos sempre a mais pensando nos nossos fregueses de casa, são nossos visitantes mais estimados ❤️. Dá só um trabalhinho a mais.

Renato Portela ressalta que: Tão importante quanto plantar variedades (de plantas) atrativas... é preservar as variedades nativas que eles já disseminam naturalmente. Por falta de conhecimento costumamos exterminar diversas delas e até chamar de pragas, esquecendo que quando uma planta começa a esparramar por todos os lados rapidamente é o sinal que ela alimenta nossos 'funcionários não remunerados' da avifauna local. 

Além disso, muitas dessas plantas espontâneas são consideradas medicinais, bioindicadoras e alimentícias não convencionais (PANC).

Tem muitas atrativas aqui que apareceram sem que sejam semeadas. Renato Portela cita cinco delas:

- Fruta do sabiá (Figura 14)

Figura 14. Fruto sabiá (Acnistus arborescens). 
Fonte: https://www.colecionandofrutas.com.br/acnistusarbores.htm

- Jurubeba (Figura 15)

Figura 15. Planta de jurubeba (Solanum paniculatum). Fonte: Renato Portela.

- Maria pretinha (Figura 16)

Figura 16. Maria pretinha (Solanum americanum). Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBPZ57GrRNMrvsfMYrkvUGhCHwx3oLGkHUluyZTFp87f6i7_tuPjbCYkrTkH05Hh9Nb2lBG0b1MCeIlTasPXKHVU9uq1UC8zgw4vviPbv7orU3-xIXD1PwIVnVajPWcNKtnjs2ufwJZ0We/s1600/P1050244.JPG

- Joá (Figura 17)

Figura 17. Planta de joá (Solanum viarum). Fonte: Renato Portela.

- Jurubebinha (Figura 18)

Figura 18. Planta de jurubebinha (Solanum sp.). Fonte: Renato Portela.


Diversidade e riqueza de saberes na Rede Agroflorestal 

Enquanto uns estão imersos em uma paisagem degradada (ambiente físico e humano), que está se regenerando por meio dos SAF, outros atores estão dentro da Mata Atlântica, como ocorre em algumas localidades no bairro rural do Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba e na Serra do Mar, em Ubatuba, com toda biodiversidade preservada ou em estágio adiantado de regeneração e convivendo com os problemas da fauna que frequenta os SAF.

Nas comunidades tradicionais do litoral (caiçaras e quilombolas) os ciclos das lavouras são conectados com os ciclos da fauna e a caça é inevitável; o que ocorre, também, nas comunidades caipiras tradicionais da Serra da Mantiqueira. Nessas áreas preservadas, os SAF são ilhas de agricultura dentro da matriz florestal.

Moatan Pinhal (Mogi das Cruzes) destaca o importante papel do caçador/coletor, do caboclo que comia tatu, porco espinho, jacu, veado, lebre, saracura, lagarto e o que mais tivesse a espreita no seu espaço. Porém, alerta dois problemas que de caçar para vender e matar sem comer.

Temos que reavaliar o conceito de produzir para quem está na cidade e/ou o que a cidade quer que a gente produza e a forma de existir. O que fizemos com o mar é o maior exemplo de extrativismo em um nível bizarro.

Porém, no Vale do Paraíba, na maioria das vezes (talvez), as coisas são um pouco diferente do litoral e os SAF acabam funcionando como áreas de refúgio e ilhas de biodiversidade, devido à riqueza alimentar, muitas vezes mais atrativa que a própria mata em regeneração em determinadas épocas do ano.

E a pergunta segue... Como conviver com esses problemas?


Contato com órgãos públicos

Conforme Jonas: 

Precisamos reavaliar a forma de produzir e de coexistir.

Precisamos gerar conhecimento sobre essas relações. Existem várias receitas e técnicas e isso pode ser trocado e aperfeiçoado. A caça não dá conta dos animais exóticos. Tem muito caçador e javali e lebre tem de monte. 

Tenho desenvolvido conhecimento na área de cerca elétrica. Instalei algumas já. Só  que para animais pequenos é outra estória. 

Jonas destaca que começou um diálogo com o pessoal da APA Fernão Dias para saber sobre controle de fauna exótica. Mas até agora percebe que estamos por conta própria. 

O aumento da biodiversidade (dos SAF) dá conta dos bichos nativos. Principalmente muita fruta nativa. Claro que com algumas técnicas, para não deixar eles tão à vontade no meios dos plantios... Sobre os (animais) exóticos, não vejo solução rápida. Vejo muito edital e produção de conhecimento nos plantios agroecológicos, mas temos que ter uma contrapartida no controle de fauna exótica, principalmente. E não falo de caça. Jonas

Antonio Devide relata que iniciou contato em Dez./2021 com a Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade da SIMA - Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo e que aguarda um retorno para tratar do controle de javali no bairro Ribeirão Grande em Pindamonhangaba.

Vamos trocando ideias!


Contribuíram com este relato:

  • Alda Maria Amaral Santos - Sítio Betel, lote 14, Assentamento Egídio Brunetto, Lagoinha-SP.
  • Ana Lúcia Martins - Sítio Toca do Tatu.  Endereço: Rua Braz Armando de Souza, 270, bairro Marafunda, Ubatuba-SP.
  • Ana Salles Aguiar - Sítio Terra de Santa Cruz. Endereço: bairro Santa Cruz, Roseira-SP.
  • Antonio Carlos Pries Devide - Sítio Arco Íris. Endereço: Estrada das Borboletas, 4870, bairro Ribeirão Grande, Pindamonhangaba-SP.
  • Bruno Zilio Franzin - Sítio Alto da Montanha, bairro Bom Retiro, São Luiz do Paraitinga.
  • Francisco Vitorio de Oliveira Zanin - Sítio Recanto da Paz,  Estrada Cachoeirinha, São Luiz do Paraítinga-SP.
  • Gisele Aparecida Sávio Vieira - Fazenda Vera Cruz. Endereço: Ribeirão Grande, Pindamonhangaba-SP.
  • Janaína Anacleto - Sítio Anacleto. Endereço: Assentamento de Reforma Agrária Conquista, Tremembé-SP.
  • Jonas Pereira Rodrigues dos Santos - Sítio Panamã. Endereço:  Estrada Rural Chico Justo, km 05, Bairro Santa Luzia, Sapucaí Mirim-MG.
  • Júlia Trommer de Campos Vaz - São Tomé das Letras-MG.
  • Juliano Hojah da Silva - Sítio São Sebastião (@sitiodoaltodaserra), Bairro Alto, Natividade da Serra-SP.
  • Leandro Braz Camillo - APA São Francisco Xavier, São José dos Campos-SP.
  • Matheus Santaella, Endereço: bairro do Turvo, São José dos Campos-SP.
  • Moatan Ribeiro Pinhal - Sítio Bico do Piu. Endereço: Estrada do Mombuca, caixa 10, distrito de Taiaçupeba, Mogi das Cruzes - SP.
  • Renato César Sbruzzi Portela - Chácara José Cândido, AV José Cândido Sbruzzi 1003, Caçapava-SP.
  • Tamara Regina França da Cruz - Fazenda Mundo Bom, Bairro Quilombinho, Cunha-SP.
  • Thales Guedes Ferreira - Sítio dos Ipês, Cruzeiro-SP.
  • Vinícius Ribeiro Pontello - Sítio Sagrado Coração da Terra, Estrada da Cachoeira, km 7, Bairro Dona Luciana, Gonçalves-MG.

Sistematização: Antonio C. P. Devide - Pesquisador científico do Polo Regional Vale do Paraíba - APTA/SAA <antonio.devide@sp.gov.br>

Referências bibliográficas

Mansur, M.C.D. 1996.«Megalobulimus parafragilior». www.iucnredlist.org.«2006 IUCN Red List of Threatened Species.». www.iucnredlist.org,Dados de 7 de Agosto de 2007.

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